Espanha e França 2018
Dia 39 (09 de Junho de 2018)
(Fécamp – Veules
les Roses - Dieppe)
Após o pequeno-almoço
fomos dar um passeio a pé pela vila percorrendo as ruas que ainda se
encontravam com poucos turistas dado ser ainda um pouco cedo.
Passámos pelo “Palácio
Beneditino” que é um edifício que combina os estilos neo-gótico e
neo-renascentista, construído no final do século XIX em Fécamp por
Alexandre-Prosper Le Grand, um comerciante de bebidas que fez uma fortuna
inventando e comercializando o licor beneditino.
O edifício abriga a
fábrica (destilaria) bem como as suas caves e o museu que conta a história do
licor “Bénèdictine” e o processo de produção.
“Bénèdictine” é um
licor francês que começou a ser produzido no ano de 1510 na abadia dos monges
Beneditinos em Fécamp. Os monges dessa abadia guardaram sigilosamente a
receita, mas durante a Revolução Francesa a abadia foi saqueada e a fórmula
(receita do licor) ficou desaparecida até ao ano de 1863, altura em que a mesma
foi parar às mãos de um comerciante local.
Não nos foi possível
efectuar a visita a este local uma vez que o mesmo ainda se encontrava fechado.
Continuámos a nossa visita e
fomos à igreja de Santo Estêvão “Saint Etienne”, do início do século XVI, de
estilos renascentista ao néo-gótico. A igreja foi erguida no local de uma
igreja românica, que se tornara pequena demais dado ser a igreja privilegiada
dos marinheiros de Fécamp uma vez que o seu local dominava o porto.
Interiormente podemos observar uma série de telas acima das arcadas da nave bem
como retábulos de madeira esculpida nas capelas e não esquecendo os vários
vitrais e as pinturas monumentais do coro e que datam do século XIX.
Igreja de Santo Estevão "Saint Etienne" em Fécamp, França |
Nave e altar-mor da Igreja de Santo Estevão "Saint
Étienne" em Fécamp, França
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Altar-mor da Igreja de Santo Estevão "Saint Etiene"
em Fécamp, França
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Continuámos o nosso passeio …
Após esta breve visita saímos com
destino a Veules-les-Roses, onde chegámos por volta das 12,00 horas, depois de
ainda no percurso termos parado em Saint Valery para fazer-mos umas compras no
supermercado Eleclerc.
Veules-les-Roses é uma das mais
antigas aldeias do “Pays de Caux”, situada no cantão de Saint-Valery-en-Caux,
do departamento de “Seine-Maritime” da região administrativa da Normandia.
Aninhada desde o século IV no
vazio de um vale que leva ao mar, “Veules-les-Roses” é atravessada pelo menor
rio de França, o rio “Veules”, encontrando-se cercado por moinhos e belas casas
de estilo enxaimel.
As últimas estatísticas
demográficas do ano de 2015 referem uma população de 586 pessoas.
Apenas como curiosidade referir
que o nome “Veules” deriva do antigo saxon “Well”, significando um ponto de
água.
Veules-les-Roses encontra-se classificada entre as mais
belas aldeias de França.
Estacionámos numa rua à entrada
da vila e fomos ao Posto de Turismo solicitar informações turísticas e mapas.
Posto de Turismo de Veules-les-Roses, França |
Após o almoço começámos a nossa
visita a esta vila e seguindo o percurso aconselhado nos mapas, o qual se
encontra devidamente assinalado e comentado. Este percurso com a extensão de
1.149 metros permite descobrir a história e o património da vila ao longo de
uma caminhada cheia de charme.
Esta vila é de uma beleza
impressionante e ao longo da nossa visita verificámos a quantidade de turistas
que também se passeavam descontraidamente e saboreavam momentos de rara beleza.
A Igreja de São Nicolau “Saint
Nicolas”, segunda paróquia de Veules-les-Roses, foi construída no ano de 1095 e
havia mantido o título de antiga capela de São Pedro, patrono dos pescadores.
Podemos ainda ver, no antigo
cemitério de São Nicolau, uma bela cruz imitando os calvários bretons.
O mobiliário interior e
ornamentação são do período da renascença. O órgão data de 1628 e ainda se
encontra em funcionamento.
A Igreja encontra-se classificada
como Monumento Histórico.
Igreja de São Martinho "Église Saint Martin" em Veules-les-Roses,
França
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Nave e altar-mor da Igreja de São Martinho, "Église Saint Martin"
em Veules-les-Roses, França
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Altar-mor da Igreja de São Martinho "Église Saint
Martin" em Veules-les-Roses, França
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Altar-mor da Igreja de São Martinho "Église Saint
Marin" em Veules-les-Roses, França
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Pia Baptismal da Igreja de São Martinho "Église Saint
Martin" em Veules-les-Roses, França
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Pia Baptismal da Igreja de São Martinho "Église Saint
Martin" em Veules-les-Roses, França
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Outras fotos
Esta AS fica central, a cerca de
10 minutos a pé do centro da vila e junto ao porto.
Dieppe pertence ao “Pays de Caux”,
é uma cidade costeira situada ao longo da Costa do Alabastro, na costa do Canal
da Mancha, e na foz do rio Arques, no departamento de “Seine-Maritime” da
região administrativa da Normandia.
Abrigada por dois altos penhascos
a cidade se estende dos dois lados do rio Arques e o seu porto marítimo localizado
no centro da cidade, permite acomodar grandes navios. A pesca, e com grande
importância para a pesca do bacalhau, sempre foi um comércio muito importante
para a cidade. Muitos barcos partiram do porto de Dieppe para explorar e
comercializar em África e nas Américas. Nessa altura o comércio em especiarias
e marfim prosperou imenso e os corsários de Dieppe atacavam regularmente as
embarcações inglesas. No início do século XIX tornou-se numa afamada estância
balnear e turística muito apreciada pelos ingleses e parisienses.
Durante a segunda guerra mundial em
19 de Agosto de 1942, ocorreu a “Batalha de Dieppe”, também conhecida como “Operação
Jubileu” ou “Operação Rutter”, que foi um ataque das tropas Aliadas ao ocupado
porto de Dieppe com a finalidade de testar a força das defesas alemãs em torno
de Dieppe. Este ataque, assalto, que foi uma tragédia, começou ás 05,00 horas
da manhã e por volta das 10,50 horas as tropas Aliadas foram obrigadas a bater
em retirada.
Cerca de 6.100 soldados,
incluindo 5.000 canadenses, comandos britânicos e soldados dos países ocupados,
foram apoiados por pelos esquadrões da Marinha Real Britânica e da Força Aérea Real
(RAF). O objectivo era o de tomar o porto por um período curto, destruir as
defesas costeiras, estruturas portuárias e todos os edifícios estratégicos das
forças alemãs. Nenhum dos principais objectivos foi alcançado. As baixas
aliadas foram consideráveis havendo quase 1.200 mortos (incluindo 907
canadenses), 2.340 prisioneiros, 119 aviões e o destroier Berkeley destruído.
Em todas as praias os canadenses sofreram pesadas perdas e quando foram
obrigados a retirar tiveram de deixar para trás os seus equipamentos, mas
especialmente 3.000 soldados, mortos ou presos. Dois anos depois, em memória
dos trágicos acontecimentos do ataque que custou a vida de muitos soldados
canadenses, a honra de libertar Dieppe em 01 de Setembro de 1944 foi deixada
para a 2ª Divisão do Canadá.
Depois de devidamente instalados
fomos ao Posto de Turismo solicitar as habituais informações turísticas e mapas
e após demos início à nossa visita começando precisamente pela “Grande Rue” que
é a rua central e mais comercial.
Igreja dedicada a “Saint-Rémy”
foi iniciada no ano de 1522 e a sua fachada é marcada por uma dupla influência a
do Renascimento através de referências à antiguidade (frontões, pilastras,
colunas, etc.) e de igrejas contemporâneas, construídas em Roma, pela sua
teatralidade e aparência imponente. Apresenta um coro gótico rodeado por
capelas e já é percebido na decoração a influência do primeiro renascimento
francês.
Igreja de Saint-Rémy" em Dieppe, França |
Nave e altar-mor da Igreja de "Saint-Rémy" em
Dieppe, França
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Santo "João Paulo II" na Igreja de "Saint-Rémy"
em Dieppe, França
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Depois desta breve visita
regressámos à AS.
Esta AS fica em 12 € por um
período de 24 horas e já está incluída a utilização das águas, electricidade e
ainda bicicletas)
Estacionamento e pernoita na AS
de Dieppe, (coordenadas N 49º 55’ 47” W
01º 05’ 11”)
Percurso de Fécamp a Veules les
Roses, 44 Kms
Percurso de Veules les Roses a
Dieppe, 26 Kms
Percorridos no dia, 70 Kms
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