Espanha e França 2018
Dia 31 (01 de Junho de 2018)
(Le Mont Saint
Michel – Granville – Saint Lô - Lessay)
Após o pequeno-almoço e depois de
efectuado o pagamento referente ao estacionamento saímos em direcção a
Granville onde chegámos por volta das 09,50 horas.
Granville encontra-se localizada
no departamento da Mancha na região administrativa da Normandia, França.
Granville, apelidado de Mónaco do
Norte” é uma cidade fortificada pelos ingleses no século XV e a sua parte
superior encontra-se cercada por muralhas, traços do seu passado militar e
religioso.
Do alto das suas muralhas podemos
ver em baixo o seu porto de pesca e de vela.
Vista do porto de Granville, França |
Vista do porto de Granville, França
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Vista do porto de Granville, França
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Vista do porto de Granville, França
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Granville foi um importante porto de pesca e
muitos dos seus barcos pescavam bacalhau na Terra Nova. Actualmente existe ali
uma importante frota de arrastões para a pesca de peixes, crustáceos e conchas
de Granville.
Granville é o principal porto de
pesca de conchas francesas (búzios, vieiras, amêijoas e berbigões).
O porto de Granville é muito
popular entre os velejadores.
Actualmente Granville é um
destino turístico importante sendo uma estância balnear popular na Normandia devido
às suas belas praias de areia.
Após termos estacionado a
autocaravana na parte alta da cidade começámos a nossa visita percorrendo descontraidamente
as ruas de calçada antiga e a zona das muralhas.
Passámos pela Igreja de Nossa
Senhora “Église Notre-Dame”, também designada por “Église
Notre-Dame-du-Cap-Lihou”. Esta igreja do século XV é de estilo gótico
extravagante, apesar de alguns traços românicos.
Como curiosidade pode-se referir
que no ano de 1908, Christian Dior o famoso estilista francês foi aqui batizado
nesta igreja.
A igreja encontra-se classificada
como Monumento Histórico.
“Igreja de Notre-Dame” de
Granville, França
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Nave e altar da “Igreja de Notre-Dame” de
Granville, França
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altar da “Igreja de Notre-Dame” de
Granville, França
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Quadro da Aparição de ” Nossa Senhora” a “Santa
Bernardete” no interior
da “Igreja de
Notre-Dame” de Granville, França
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Vitral na “Igreja de Notre-Dame” de
Granville, França
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Quadro da Aparição do ” Sagrado Coração de
Jesus” a “Santa Margarida”
no interior
da “Igreja de Notre-Dame” de Granville, França
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Graville também teve muitos
corsários e entre eles o mais famoso foi “Pleville-Lepelley”, o “corsário com a
perna de pau”.
O corsário “Pleville-Lepelley”,
descende uma família da burguesia, foi um oficial da marinha e governador do
porto de Marselha, entre outros cargos políticos e militares e oficial da ordem
nacional da Legião de Honra.
Estátua ao "Corsário Pleville-Lepelley", "o corsário da perna de pau" em Granville, França |
Estátua ao "Corsário Pleville-Lepelley", "o corsário da perna de pau" em Granville, França |
Em seguida passámos por algumas
construções militares do designado “Muralha do Atlântico”, “Le Mur de L’Atlantique”.
A “Muralha do Atlântico” foi uma
linha de defesa das tropas alemãs, erguida na Segunda
Guerra Mundial, que se estendia desde a fronteira franco-espanhola até à
Noruega.
Embora nunca tenha sido
completada, foi iniciada durante a ocupação da França com o objectivo de constituir uma
espécie de “Linha Siegfried” contra
uma hipotética invasão das tropas aliadas, com origem na Grã-Bretanha, através
do Oceano Atlântico.
O marechal-de-campo “Erwin Rommel”
destacado para liderar as forças alemãs estacionadas na costa de França, e
encarregado de fortificar a “Muralha do Atlântico”. Rommel considerou as
fortificações existentes inadequadas, e iniciou a construção de postos
fortificados, que compreenderiam peças de artilharia, valas antitanques,
bunkers de betão e metralhadoras.
As zonas costeiras foram preenchidas com estruturas de metal, com o objetivo de
dificultar ou impedir o desembarque de tropas ou veículos, destruindo-os antes
de chegarem às praias. Foram também instaladas cerca de 6.000.000 de minas, nas
águas junto à costa e nas próprias praias. Outros postos fortificados foram
instalados, mais para o interior e junto às principais estradas de acesso ao
mar. As defesas da “Muralha do Atlântico” eram mais densas na região do
estreito de Calais, onde muitos militares alemães acreditavam que o golpe
Aliado seria desferido.
Em seguida passeámos descontraidamente
pelas ruas de Granville.
Granville tem muito mais para
ver, como:
O Museu de Arte e História de
Granville apresenta uma coleção muito rica de evidências históricas, marítimas
e folclóricas de Granville e da região (coleção de cocares e móveis normandos,
porcelanas de Jersey, cenas de banho ou pesca Terra Nova).
Não o visitámos por estar temporariamente
fechado para obras.
O Museu de Arte Moderna Richard
Anacréon consiste de uma coleção permanente de livros, esculturas, pinturas e
outras obras de arte coletadas por Richard Anacréon, enquanto ele era um
livreiro em Paris. Nascido em Granville em 1907, ele morreu em 1992 e, enquanto
isso, doou sua coleção para a cidade para vê-la exposta em um museu. Este museu
de arte moderna também abriga exposições temporárias.
Encontrava-se fechado à hora em
que ali passámos pois o horário de abertura era às 11 horas.
O museu Christian Dior está
alojado na casa da infância do famoso estilista. Ele nasceu em Granville em
1905 e passou todas as suas férias de juventude depois que seus pais se
estabeleceram em Paris. A bonita villa do armador, denominada "The Rhumbs"
(segmento da Rosa dos Ventos), está rodeada por um bonito jardim de falésias
(tornar-se Jardim Municipal) criado pela sua mãe Madeleine. Este magnífico
edifício recebe anualmente uma exposição temporária que abre em maio para
fechar em setembro (aberto diariamente das 10h às 18h30). Peças muito bonitas
criadas pelo próprio Christian Dior ou seus sucessores (Gianfranco Ferré, Marc
Bohan e John Galliano) são apresentadas todos os anos de acordo com um tema
específico, para deleite dos muitos visitantes de todo o mundo. A entrada é de
6 €.
O jardim de Christian Dior.
Entrada gratuita.
Este museu encontrava-se fechado
e também não o visitámos.
Após esta breve visita saímos de Granville às 11,50 horas e chegamos a Saint-Lô por volta das 12,45 horas, tendo estacionando na AS onde já se encontravam várias autocaravanas.
Após esta breve visita saímos de Granville às 11,50 horas e chegamos a Saint-Lô por volta das 12,45 horas, tendo estacionando na AS onde já se encontravam várias autocaravanas.
Área de Serviço de autocaravanas de "Saint-Lô", França |
Área de serviço de autocaravanas de "Saint-Lô", França |
A cidade de Saint-Lô é a capital
do departamento da Mancha na região administrativa da Normandia, França.
Saint-Lô encontra-se localizada
num promontório que domina o vale do rio Vire, com as suas muralhas medievais
tendo sido uma fortaleza muito importante, devido à sua excelente localização,
e era conhecida pela sua tecelagem.
Muralhas medievais da cidade fortificada de "Sant-Lô", França |
Entrada principal da cidade fortificada de "Saint-Lô", França |
Durante a segunda guerra mundial foi quase destruída na sua totalidade (97%) devido aos bombardeamentos após os desembarques das tropas aliadas, sendo tomada pelas forças dos EUA em 18 de Julho de 1944. Como resultado dessa destruição Saint-Lô ficou conhecida como “Capital das Ruínas”.
Actualmente Saint-Lô é muito
conhecida devido à “criação de cavalos de raça puro sangue”, sendo por isso
apelidada como a “Capital do Cavalo".
Após o almoço e como o Posto de
Turismo se encontrava fechado, decidimos passear um pouco pelas ruas da cidade
A ruína actual é um vestígio da
porta da prisão construída em 1824. Na segunda guerra mundial e durante a
ocupação alemã, estes haviam ali aprisionado os resistentes e a maioria deles
morreu durante os bombardeamentos ocorridos na noite de 6 a 7 de Junho de 1944.
Esta ruína da porta da prisão é
dedicada pela Câmara Municipal à memória das vítimas, dos resistentes e dos
deportados da Segunda Guerra Mundial.
A igreja de “Notre-Dame de
Saint-Lô” é um monumento de estilo gótico, erigido ao longo de quatro séculos a
partir do final do século XIII e fortemente marcado pela “Batalha da Normandia”.
No dia 18 de Julho com os bombardeamentos a igreja foi destruída em quase 50%.
A igreja de “Notre-Dame de
Saint-Lô” tornou-se o memorial da destruição da cidade de Saint-Lô, durante a
segunda guerra mundial.
A igreja encontra-se classificada
como Monumento Histórico.
Igreja de "Notre-Dame de Saint-Lô", França |
Igreja de “Notre-Dame de Saint-Lô”, França
|
Igreja de “Notre-Dame de Saint-Lô”, França
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Igreja de “Notre-Dame de Saint-Lô”, França
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Igreja de “Notre-Dame de Saint-Lô”, França
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Nave e altar da Igreja de “Notre-Dame de Saint-Lô”, França |
Altar da Igreja de “Notre-Dame de Saint-Lô”, França |
Nave e crucifixo na Igreja de “Notre-Dame de Saint-Lô”, França |
Pia baptismal da Igreja de “Notre-Dame de Saint-Lô”, França |
Perto das escadas da Praça da
Câmara Municipal encontra-se a estátua em bronze da “Leiteira Normanda”. Esta
estátua representa uma mulher normanda marcada pelo trabalho duro da terra, com
a sua bengala de leite (recipiente típico da Normandia) no ombro, o seu avental
e no canto do mesmo encontra-se um punhado de grama e urtigas.
Estátua da "leiteira normanda", em Saint-Lô, França |
Estátua da "leiteira normanda" em Saint-Lô, França |
Em seguida passeámos um pouco
descontraidamente pelas ruas da cidade.
Após esta breve visita saímos por
volta das 16,30 horas com destino a Lessay. À entrada de Lessay fomos ao
Intermaché fazer algumas compras e posteriormente é que fomos para a AS onde
chegámos por volta das 17,15 horas. Efectuámos a manutenção de águas e estacionámos a autocaravana num dos vários locais disponíveis.
Ao centro da área de serviço,
local de passagem das autocaravanas, está com gravilha e no lugar de
estacionamento existe relva que está bastante aparada. Aparentemente e para uma
primeira impressão achamos que é uma óptima AS.
Lessay encontra-se localizada na
costa oeste da “Península do Cotentin” e no coração do departamento da Mancha
na região administrativa da Normandia, França.
Esta cidade na Normandia
tornou-se ao longo dos anos uma das principais atrações turísticas da região,
com as suas atrações históricas e culturais e a sua natureza verde, tendo sido
classificada na rede europeia Natura 2000.
Lessay é muito referenciada pela
sua “Abadia”, um notável exemplo de arte românica do século XI.
Seguidamente fomos ao Posto de Turismo solicitar informações
turísticas e mapas.
Posto de Turismo de Lessay, França |
A nossa visita começou
precisamente pela Abadia dedicada à Santíssima Trindade que é uma das jóias da
arte românica, preservadas na Normandia.
A Abadia da Santíssima Trindade
de Lessay, “Abbaye Saint-Trinité de Lessay” é considerada juntamente com a
“Abadia do Mont Saint-Michel”, como a igreja romana melhor conservada no
departamento da Mancha.
Lessay, durante a segunda guerra
mundial, foi alvo de violentos bombardeamentos aéreos das forças aliadas nos
dias 7 e 8 de Junho de 1955, com a finalidade de retardar o avanço dos reforços
alemães em direcção às praias do desembarque. A “Abadia” foi completamente
destruída durante esses bombardeamentos e as suas ruínas desmoronaram no dia 11
de Julho, em consequência das minas alemãs ali colocadas.
A “Abadia” foi completamente
reconstruída, com uma restauração exemplar e inaugurada no início de 1950.
A Abadia encontra-se classificada
como Monumento Histórico e abriga várias obras de arte também classificadas como
objetos.
"Abadia da Santíssima Trindade de Lessay", França |
"Abadia da Santíssima Trindade de Lessay", França |
Nave e altar da "Abadia da Santíssima Trindade de Lessay", França |
Nave e altar da "Abadia da Santíssima Trindade de Lessay", França |
Órgao da "Abadia da Santíssima Trindade de Lessay", França |
Em seguida passeámos descontraidamente
pelas ruas de Lessay.
Estacionamento e pernoita na AS de Lessay, (coordenadas N
49º 13’ 07” W 1º 32’ 07”)
Percurso do Monte de São Michel a Granville, 50 Kms
Percurso de Granville a Saint Lô, 64 Kms
Percurso de Saint Lô a Lessay, 39 Kms
Percorridos no dia, 153 Kms
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