domingo, 3 de junho de 2018

Espanha e França 2018
Dia 33 (03 de Junho de 2018)
(Cherbourg Octeville – Barfleur – Crisbecq – Orglandes – Sainte Mère Église)
Após o pequeno-almoço procedemos à manutenção das águas da autocaravana e saímos em direcção a Barfleur onde chegámos por volta das 9,00 horas. 
Barfleur é uma vila costeira do canal, localizada no coração da região da Normandia, a nordeste da “Península Cotentin”, 27 km a leste de Cherbourg.
Ocupado primeiramente pelos vikings, Barfleur conhece uma época de prestígio quando a localidade se torna no século XI o porto oficial de onde os duques da Normandia e os soberanos britânicos embarcam para retornar à Inglaterra. 
A pesca (incluindo o chamado mar aberto) continua a ser um dos centros de actividade da pequena vila que conta com apenas cerca de 650 habitantes mas preservou um autêntico encanto, com as suas numerosas casas em granito e coberto de xisto construído do século XVI ao século XIX, sendo uma vila repleta de património e história.
Com a sua vitalidade cultural, o seu porto como "cartão de visita" como a beleza das suas paisagens, isto faz da pequena vila um importante pólo turístico do Cotentin.
No turismo cultural, é também o ponto de partida histórico dos famosos "Chemins de Saint-Michel" (os peregrinos vindos de Inglaterra desembarcavam aqui em Barfleur para iniciar a peregrinação até ao Monte de Saint-Michel) e da rota Plantagenet, uma dinastia do Reino de Anjou que, por mais de três séculos, governou a Blanche Albion. 
Barfleur foi libertada no dia 21 de Junho de 1944 pelas tropas aliadas já que estava ocupada pelas tropas alemãs. A libertação ocorreu precisamente 15 dias após o desembarque das tropas aliadas nas praias da Normandia, ocorrido em 6 de Junho.
O porto de Barfleur serviu os aliados para o fornecimento de tropas e material de guerra.
Actualmente a pesca e turismo são as duas principais atividades econômicas desta pequena vila.
Barfleur foi o local de inspiração de pintores como Antoine Guillemet e Paul Signac, e os escritores Victor Hugo e Jules Renard.
O nome Barfleur vem de "floth", que significa "rio" em nórdico antigo, a língua dos vikings.
Barfleur encontra-se classificada entre as mais belas aldeias de França.


Vista do porto de Barfleur, França

Vista do porto de Barfleur, França

Descarga e venda de peixe no porto de Barfleur, França

A Igreja de São Nicolau (Eglise Saint-Nicolas) em Barfleur, localizada em um pequeno promontório rochoso no centro do antigo cemitério marinho, foi construída na primeira metade do século XVII e é uma mistura de estilo neo-românico e neo-gótico.
Não foi possível visitar a igreja dado a mesma estar fechada

Igreja de São Nicolau em Barfleur, França

Outras fotos de Barfleur.




Após esta breve visita fomos até ao farol de Gatteville.
Phare de Gatteville, também conhecido como Pointe de Barfleur Light, é um farol ativo perto de Gatteville-le-Phare, na ponta de Barfleur, departamento de Manche, na região da Baixa Normandia na França. A uma altura de 247 pés (75 m), é o terceiro mais alto "farol tradicional" do mundo.
O farol é anexado a um complexo (edifício) de dois andares que forma uma forma de U em torno da base da torre.
O farol actualmente está aberto ao público como um museu e os visitantes podem subir 365 degraus para chegar à galeria.

Farol de "Gatteville" em Barfleur, França

Depois de uma breve visita saímos com destino a Saint-Marcouf para fazermos uma visita à “Bateria de Crisbecq”. No percurso parámos no Intermaché de Quetthou para efectuarmos umas compras e aproveitámos ainda para meter gasóleo que estava a 1.445 € o litro. Chegados à “Bateria de Crisbecq” por volta das 11,15 horas e depois de termos estacionado a autocaravana no parque de estacionamento, comprámos os respectivos bilhetes de acesso à visita da bateria, 13,50 € cada bilhete.


Recepção, exposição de material da segunda guerra mundial
e "souvenirs", na "Bateria de Crisbecq", França

A “Bateria de Crisbecq”, “Batterie de Crisbecq”, também chamada de “Marcouf Battery”, foi uma bateria de artilharia da Segunda Guerra Mundial construída no final de 1943 perto da vila francesa de Saint-Marcouf, no departamento de Manche, no nordeste da “Península de Cotentin”, na Normandia e a cerca de 3Kms em linha reta da costa francesa e 15 Kms da “Praia de Utah”. A localização e o alcance de disparo da bateria, em teoria era um grave problema para o desembarque das tropas aliadas.
A “Bateria de Crisbecq”, formava uma parte das fortificações costeiras da Muralha Atlântica da Alemanha.
A “Muralha do Atlântico” foi uma linha de defesa das tropas alemãs, erguida na Segunda Guerra Mundial, que se estendia desde a fronteira franco-espanhola até à Noruega.
Embora nunca tenha sido completada, foi iniciada durante a ocupação da França com o objectivo de constituir uma espécie de “Linha Siegfried” contra uma hipotética invasão das tropas aliadas, com origem na Grã-Bretanha, através do Oceano Atlântico.
O marechal-de-campo Erwin Rommel, foi destacado para liderar as forças alemãs estacionadas na costa de França, e encarregado de fortificar a “Muralha do Atlântico”. Rommel considerou as fortificações existentes inadequadas, e iniciou a construção de postos fortificados, que compreenderiam peças de artilharia, valas antitanques, bunkers de betão e metralhadoras. As zonas costeiras foram preenchidas com estruturas de metal, com o objetivo de dificultar ou impedir o desembarque de tropas ou veículos, destruindo-os antes de chegarem às praias. Foram também instaladas cerca de 6.000.000 de minas, nas águas junto à costa e nas próprias praias. Outros postos fortificados foram instalados, mais para o interior e junto às principais estradas de acesso ao mar. As defesas da “Muralha do Atlântico” eram mais densas na região do estreito de Calais, onde muitos militares alemães acreditavam que o golpe Aliado seria desferido.
O armamento principal na “Bateria de Crisbecq” eram 4 canhões Skoda de 210mm, com um alcance superior a 22 Kms e 1,5 disparos por minuto, dois desses canhões abrigados em “casematas” fortemente fortificados até 10 pés (3,05 metros) de espessura de betão; 5 canhões antiaéreos franceses de 75mm; 1 canhão de 150mm e 5 canhões franceses de 155mm. A bateria, tinha um alcance de 27 a 33 quilômetros (17 a 21 milhas), poderia cobrir as praias entre Saint-Vaast-la-Hougue e Pointe du Hoc.
Antes da invasão da Normandia, a bateria sofreu frequentes bombardeios aéreos, entre Abril e Junho de 1944 e inclusive um grande bombardeio na noite anterior ao desembarque das tropas, mas apesar das quase 800 toneladas de bombas que caíram sobre a “casemata” esta não foi totalmente danificada pois 2 dos canhões permaneceram operacionais.
A bateria deveria ter sido tomada na noite de 5 de Junho pela 1ª Divisão pára-quedista, porém a desorganização durante o assalto fez a missão fracassar. A bateria estava assim operacional no “Dia D”, dia do desembarque das tropas aliadas na Normandia e os seus 2 canhões que estavam operacionais abriram fogo em direcção da área de “Utah Beach” e afundaram o destroyer americano USS Corry, o destroyer USS Glennon, além de outras embarcações menores.
Os navios de guerra USS Arkansas, USS Nevada e USS Texas, originalmente designados para fornecer fogo de cobertura para o desembarque das tropas aliadas em Omaha Beach, intervieram para ajudar a silenciar a bateria e efectuaram vários disparos  contra a bateria e acabaram por danificar os 2 canhões que estavam operacionais bem como outras armas, mas a arma atrás da “casamata 24” manteve-se operacional e apesar de não ser capaz de atingir alvos no mar, a arma foi direccionada para a praia e abriu fogo sobre as tropas, causando pesadas perdas entre os americanos e impedindo o desembarque de material e reforços na praia de Utah.
Na manhã do dia 11 de Junho a bateria e os soldados ficaram sem munições e equipamentos médicos para os feridos e todas as armas estavam inoperacionais pelo que o comandante da bateria recebeu ordens para abandonar o local com os soldados sobreviventes, deixando para trás 21 soldados alemães feridos e 126 prisioneiros americanos. O comandante da bateria e os 78 soldados conseguiram romper o cerco americano e chegaram assim às linhas alemãs em “Aumeville” a cerca de 8 Kms de distância.
Apesar de vários ataques e contra-ataques, avanços e recuos, a “Bateria de Crisbecq”, só foi finalmente tomada pelas tropas aliadas no dia 12 de Junho sem qualquer luta, dado ali só se encontrarem os 21 soldados alemães feridos e os 126 prisioneiros americanos.
Nas “casamatas” encontram-se réplicas em tamanho real de pessoas (homens e mulheres) nas suas tarefas diárias.












"Canhão" antiaéreo "Bofors" de 40mm na "Bateria de
Crisbecq", França

"Canhão" antiaéreo "Bofors" de 40mm na "Bateria de
Crisbecq", França


"Canhão" tipo "Chacal" de 130mm na "Bateria de Crisbecq", França


"Casamata" com um "canhão Skoda" de 210mm, na "Bateria
de Crisbecq", França



Centro de comando na "Bateria de Crisbecq", França

Como se comemoram 74 anos sobre o “Dia D”, desembarque das tropas aliadas nas praias da Normandia e a Batalha da Normandia, neste local estava marcada para as 14 horas um espéctaculo representativo e alusivo a essa data e as respectivas comemorações com uma recreação histórica. Nesse sentido estavam ali instalados diversos tropas e figurantes, bem como diverso material militar e bélico.










Após a visita almoçámos e saímos com destino a Orglandes para visitar o cemitério militar alemão ali existente.
O “Cemitério Militar Alemão de Orglandes”, fica situado perto da vila de Orglandes, no norte do departamento da Mancha, na Normandia.
O local era originalmente um antigo cemitério temporário dos EUA, mas também abrigava soldados alemães. Os corpos americanos foram transferidos para o cemitério americano Colleville-sur-Mer1 depois de 1945 e apenas um quadrado de 7.358 sepulturas de soldados alemães permaneceu nesse cemitério.
Posteriormente os serviços de manutenção dos enterros franceses encetou esforços no sentido de localizar e transferir outros corpos de soldados alemães que se encontravam enterrados em sepulturas isoladas ou presentes em cemitérios comunais. Graças a esse esforço, 10.152 soldados alemães encontram-se ali sepultados.
O cemitério encontra-se dividido em 28 fileiras de sepulturas caracterizadas por uma cruz de pedra com os nomes, fileiras e datas de nascimento e morte de dois ou três soldados de cada lado.
No final do cemitério, no terreno 27, fila 13, há um dado singular, pois 22 nomes estão gravados. Para esses 22 nomes, a mesma data de morte ocorrida a 25 de Outubro de 1945, quase cinco meses após o fim da guerra. Estes 22 soldados alemães, prisioneiros de guerra eram usados como desminadores e encontraram a morte em Asnières-en-Bessin, durante a explosão de uma carga de dinamite e os seus restos mortais não puderam ser identificados individualmente.
A entrada no cemitério é feita por um prédio com uma torre sineira.



Cemitério Militar Alemão de  Orglandes, França

Cemitério Militar Alemão de Orglandes, França

Cemitério Militar Alemão de Orglandes, França

Cemitério Militar Alemão de Orglandes, França

Terminada essa visita saímos para Sainte-Mère-Église onde chegámos por volta das 16,00 horas.


O trânsito estava muito condicionado e foi difícil estacionar a autocaravana pois havia carros, autocarros e autocaravanas por tudo o que era sítio.
Hoje estavam muitas estradas barradas ao trânsito devido às comemorações da “Batalha da Normandia”. Estas comemorações celebram os 74 anos da “Batalha da Normandia”, também sobre o “Dia D”, desembarque das tropas aliadas nas praias da Normandia e a libertação da França ocorridas durante a segunda guerra mundial.


*

A Batalha da Normandia, cujo nome de código era “Operação Overlord” foi a invasão da França ocupada pelos alemães na Segunda Guerra Mundial em 1944, por forças dos Estados Unidos, Reino Unido, aliados e França Livre (o governo no exílio liderado por Charles de Gaulle e as forças militares que lhes eram fiéis e com o apoio muito importante dos elementos da Resistência).
Foi uma decisão política para manter a liberdade na Europa.
O plano do grande ataque à zona francesa foi elaborado pelos mais respeitados generais dos Estados Unidos, entre eles estava o general Dwight David Eisenhower (Ike), nomeado comandante supremo das “Forças Aliadas” e que mais tarde foi o 34º Presidente dos Estados Unidos de 1953 até 1961 e por grandes homens ingleses, entre eles o Primeiro-Ministro Winston Churchill. Foi decidido e definido que a frente de desembarque teria mais de 80 Kms e que o ataque seria feito entre Cherbourg e a foz do rio Sena. Durante a elaboração do plano os comandantes aliados chegaram à conclusão de que além de desembarcar soldados e equipamentos na costa da Normandia, paraquedistas (que na época eram soldados da Airborne) deveriam ser lançados em lugares estratégicos, tomando pontes, vilas, etc. e executando missões de sabotagem.
Nos meses que antecederam a invasão, os Aliados colocaram em prática um engodo de grandes dimensões com o nome de código “Operação Guarda-Costas”, “Bodyguard”, para iludir os alemães em relação à data e local do principal desembarque Aliado (campanha de desinformação que utilizava transmissões de rádio falsas para levar os alemães a crer que estava iminente um ataque na Noruega e que um segundo ataque teria lugar em Calais, França).
Também o general “Charles de Gaulle” que se encontrava no exílio na Grã-Bretanha, através de uma mensagem via rádio da BBC, de 18 de Junho de 1940, exortou os franceses a resistir. Este apelo do general “Charles de Gaulle” teve um profundo efeito sobre o moral em toda a França.
Entretanto os Aliados também elaboraram quatro planos para a “Resistência Francesa” levar a cabo no “Dia D” e nos dias seguintes
            Plano Vert: 15 dias de operação para sabotar o sistema ferroviário;
            Plano Bleu: destruição das instalações eléctricas;
            Plano Tortue: operação  destinada  a   atrasar  as   potências   inimigas  que  iriam reforçar  o                                       "Eixo na  Normandia”;
            Plano Violet: corte  dos   sistemas   de   comunicação  telefónicos   subterrâneos   e cabos de                                         telex.
Os membros da “resistência Francesa” eram conhecidos como “partisans” (“partidários” em francês).
As condições atmosféricas do “Dia D” estavam longe do ideal e a operação teve de ser adiada por 24 horas.
Os desembarques na Normandia consistiam nas operações de desembarque na terça-feira, dia 6 de Junho de 1944, da invasão dos Aliados da Normandia na operação “Overlord” durante a segunda guerra mundial. Com o nome de código “Operação Neptuno” e muitas vezes referido como o “Dia D”, foi a maior invasão por mar da história.
Os desembarques anfíbios foram precedidos por um extenso e intensivo bombardeamento aéreos e navais e um assalto aéreo (o lançamento de 24.000 homens aerotransportados, norte americanos, britânicos e canadianos, pouco depois da meia-noite).
Estas operações dos paraquedistas destinavam-se a retardar ou eliminar a capacidade dos alemães de se organizarem e lançar contra-ataques durante os desembarques. Também tinham por objectivo conquistar pontos-chave, tais como pontes e estradas e apoiarem e facilitarem os desembarques, neutralizando para isso as defesas alemãs nas costas de desembarque. Devido ao mau tempo que se fazia sentir com muitas nuvens, muitos paraquedistas foram lançados muito longe das zonas previstas e ficaram espalhados caoticamente por toda a Normandia.
Os aviões que transportavam os paraquedistas voavam a tão baixa altitude que muitos paraquedistas morreram ao embater no solo pois os seus para-quedas não tiveram tempo de abrir e outros afogaram-se nos campos alagados.
A infantaria Aliada e as divisões blindadas começaram o desembarque na costa da França às 6,30 horas. O local de destino eram os 80 Kms de costa da Normandia nas praias de “Utah”, “Omaha”, “Gold”, “Juno” e “Sword”, conforme planeado. O vento forte que se fazia sentir desviou as embarcações de desembarque da sua posição planeada, especialmente em “Utah” e “Omaha”. Os soldados desembarcaram sob fogo pesado das armas alemãs posicionadas para as praias e a costa estava minada e coberta de obstáculos, tais como estacas de madeira, de metal, tripés e arame farpado. As baixas foram muito pesadas especialmente em “Omaha”. Os Aliados não conseguiram alcançar qualquer um dos seus objectivos no primeiro dia.
Estima-se que as vítimas alemãs no “Dia D” sejam entre 4.000 e 9.000 homens. Nos Aliados as vítimas ascendem a 10.000, com 4.414 mortos.
Um relatório do “Centro de Análise de Informações da Contra-Insurgência” refere os resultados das sabotagens programadas para a “Resistência Francesa”: “no dia 6 de Junho, no sudeste foram destruídas 52 locomotivas e a linha de caminhos-de-ferro foi cortada em mais de 500 locais. A Normandia ficou isolada no dia 7 de Junho”.

*

“Sainte-Mère-Église” é uma localidade localizada na “Península de Contentin” no departamento da Mancha, da região administrativa da Normandia, na França e a poucos quilómetros da praia de “Utah Beach” uns dos locais de desembarque das tropas aliadas..
Durante a segunda guerra mundial foi palco de sangrentos combates entre as forças para-quedistas Norte Americanas e o exército alemão. 
O grupo de soldados para-quedistas norte americanos que foi lançado sobre “Sainte-Mère-Église”, foi precisamente no momento em que muitos soldados alemães se encontravam na praça principal, junto da igreja, a ordenar à população o combate ao incêndio que deflagrava devido ao bombardeamento aliado e às bombas incendiárias que caíram na vila. Este facto originou que os para-quedistas fossem abatidos pelos alemães ainda antes de chegarem ao solo ou quando ficavam presos e pendurados em árvores. Um desses para-quedistas, John Steele, caiu sobre a igreja e o seu para-quedas ficou preso na torre da igreja fazendo com que as linhas de suspensão do para-quedas se estendessem até ao comprimento total, deixando-o pendurado. Este soldado ferido num dos pés e vendo os seus colegas sendo abatidos e nada podendo fazer, fez-se de morto e ali esteve quase duas horas até que um soldado alemão reparou que estava vivo, sendo imediatamente capturado e feito prisioneiro, sendo lavado para uma enfermaria a fim de ser tratado ao ferimento do pé. Este para-quedista “John Steele” conseguiu iludir os soldados alemães e fugiu, juntando-se aos seus companheiros em combate e ajudou-os a capturar “Sainte-Mère-Église”, num ataque em que capturaram 30 soldados alemães e mataram outros 11 soldados. Esta acção e atitude do paraquedista “John Steele” valeu-lhe duas condecorações.
“John Steele” após a guerra esteve por várias vezes em “Sainte-Mère-Église” tendo sido feito cidadão honorário e faleceu na Carolina do Norte, com 56 anos de idade vítima de cancro.
“Sainte-Mère-Église” é a primeira localidade libertada pelas tropas aerotransportadas e este evento é comemorado todos os anos.
Como celebração da libertação, ainda hoje a torre da igreja ostenta um manequim vestido com um uniforme militar americano, em homenagem ao para-quedista “John Steele”.




Após termos estacionado a autocaravana num dos lugares vagos de um estacionamento próximo de umas escolas e infantário, seguimos o “fluxo” das pessoas e fomos assistir ao desfile e celebrações que estavam a decorrer.














Numerosas placas e monumentos são erguidos em homenagem aos libertadores, como é o terminal “0” em frente à Câmara Municipal, símbolo do ponto de partida do caminho da liberdade.
Na praça da igreja existe um importante museu sobre as forças aerotransportadas, chamado de “Airborne Museum”.
O “Airborne Museum” é um museu dedicado à memória dos soldados paraquedistas das 82ª e 101ª Divisões do exército americano, que foram lançados na Normandia na noite de 5 para 6 de Junho de 1944, no ínicio da invasão da Normandia por tropas aliadas.
O museu possui diversas exposições e mais de 10.000 objectos, incluindo o planador Waco CG-4, o único exemplo na França. Estes planadores desempenharam um papel no transporte de mais de 4.000 tropas e veículos, munições e outros equipamentos militares e rações para os soldados. Também ali se encontra uma aeronave Douglas C-47 Skytrain. Esta aeronave esteve envolvida em operações aéreas em “Sainte-Mère-Église” na noite de 5 a 6 de junho de 1944 e nas missões que se seguiram. O museu contém principalmente equipamentos americanos, mas há algumas réplicas de equipamentos militares alemães do período da segunda guerra mundial.





É impressionante a participação, a alegria e a envolvência de toda esta comunidade nestes festejos.
Ao anoitecer fomos ver o parque de estacionamento que havis sido criado para as autocaravanas de modo a que estas não circulassem na Vila, pelas poucas ruas abertas ao trânsito e ficámos admirados com o nuúmero de autocaravanas que ali se encontravam paradas.
Estacionamento e pernoita num estacionamento próximo de uma escolas, (coordenadas N 49.4110026º  W -1.3131896º).
Percurso de Cherbourg Octeville a Barfleur, 40 Kms
Percurso de Barfleur a Crisbecq, 30 Kms
Percurso de Crisbecq a Orglandes, 19 Kms
Percurso de Orglandes a Sainte-Mère-Église, 23 Kms
Percorridos no dia, 112 Kms

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