quinta-feira, 31 de maio de 2018

Espanha e França 2018
Dia 30 (31 de Maio de 2018)
(Dol de Bretagne – Le Mont Saint Michel)
Hoje vamos entrar na Normandia que é outro dos objectivos desta viagem.
Quando se fala na Normandia vem sempre à memória as praias de desembarque das tropas aliadas e precisamente também as queremos visitar bem como museus e outros lugares míticos relacionados com a 2ª guerra mundial.
As expectativas que trazemos são grandes.
*
Após o pequeno-almoço saímos para o Monte de São Miguel “Le Mont Saint-Michel” onde chegámos aos parques de estacionamento para as autocaravanas por volta das 10,00 horas. Neste parque de estacionamento já se encontravam cerca de duas dúzias de autocaravanas e todas de matrículas estrangeiras de vários países, sendo a nossa a única de matrícula portuguesa.

Vista do "Mont Saint-Michel" desde os parques de estacionamento

O Monte do Santo Miguel “Le Mont Saint Michel”, é um dos locais mais emblemáticos de França, sendo o local mais turístico da Normandia e um dos primeiros da França, com mais de 3 milhões de visitantes por ano, apenas superado por Paris.
O Monte do Santo Miguel “Le Mont Saint Michel”, é uma pequena ilha rochosa na foz do “Rio Couesnon”, no departamento da Mancha, em França, onde foi construída uma Abadia e santuário em homenagem ao “Arcanjo São Miguel”. Segundo a lenda foi a pedido do “Arcanjo São Miguel” que Aubert, Bispo de Avranches, mandou construir no alto do monte uma Abadia no ano de 708.
No século X os monges Beneditinos instalaram-se na Abadia, de arquitectura medieval, tendo-se desenvolvido uma aldeia no sopé do monte e que ao longo dos séculos, até ao século XIV, se estendeu até à base do rochedo. Foi ainda no século XIV, que foi necessário proteger a Abadia por trás de um conjunto de construções militares, enormes muralhas, sendo assim esta ilha uma importante fortaleza estratégica militar, resistindo a todos os assaltos ingleses durante a guerra dos cem anos e que fizeram do monte um lugar simbólico de identidade nacional francesa.
Após a dissolução das ordens religiosas ditadas pela Revolução Francesa, de 1789 a 1863 a Abadia foi utilizada como prisão e posteriormente foi restaurada ainda antes do final do século XIX.
A Baía e o Monte do Santo Miguel “Le Mont Saint Michel” encontram-se inscritos na lista do Património Mundial da Unesco.
Depois de instalados dirigimo-nos ao Posto de Turismo ali existente que nos forneceram mapas e informações turísticas.
Deste local o acesso ao monte pode ser efectuado a pé, demora cerca de 35 minutos, de “navette” gratuita que parte a cada 10 minutos e ainda de “charrete” puxada por dois cavalos. Este meio de transporte da “charrete” é pago.




Nós optámos pela “navette” para nos deslocarmos até ao monte. Durante o percurso havia muitas pessoas, adultos, jovens e crianças, que se encontravam a fazer o trajecto a pé.
Chegados ao Monte e após termos entrado, pela “Porta do Boulevard”, passámos em seguida pela “Porta do Rei”, com ponte levadiça e imediatamente subimos as escadas que se encontram do lado direito e percorremos o caminho através das muralhas e que contorna a vila medieval.



Através deste percurso temos uma visão muito grande do imenso areal que circundeia esta ilha bem como da pequena “ilhota” “Tombelaine” que se encontra próxima.


Vista da pequena "ilhota" junto ao "Mont Saint-Michel"

Vista da pequena "ilhota" junto ao "Mont Saint-Michel"

Conforme vamos avançando vamos apreciando de vários ângulos a Abadia e com realce vê-se a estátua dourada do “Arcanjo São Miguel”, matando o dragão e que se encontra colocada no topo da Igreja da Abadia a 170 metros de altura.

Ao fundo vê-se a "Abadia do Mont Saint-Michel"

Ao fundo vê-se a "Abadia do Mont Saint-Michel"

Estátua do "Arcanjo São Miguel" no topo da "Igreja da Abadia" no
"Mont Saint-Michel"

Estátua dourada do "Arcanjo São Miguel" que se encontra
no topo da "Igreja da Abadia" do "Mont Saint-Michel"

Podemos ver diversos prédios e habitações, construções medievais dos séculos XV e XVI e casas tipo enxaimel.




Este percurso levou-nos até à “Grande Escadaria” para a entrada da Abadia e ali dirigi-mo-nos à bilheteira para comprar os acessos que nos permitem efectuar esta visita incluindo a Igreja.
A Abadia encontra-se aberta diariamente das 9,00 às 19,00 horas mas a última entrada é às 18,00 horas.
Cada bilhete de acesso custa 10 € e o áudio guia mais 3 €.


Grande escadaria de acesso à "Abadia do Mont Saint-Michel"


Bilheteiras da "Abadia do Mont Saint-Michel"

Após termos adquirido os bilhetes e o guia áudio continuámos a subida da “Grande Escadaria” que nos conduziu até a um terraço junto à entrada da Igreja. Esta Igreja é de arquitectura românica com 80 metros de comprimento.


Igreja da "Abadia" do "Mont Saint-Michel"

Nave da Igreja da Abadia do" Mont Saint-Michel"






Ali já se encontravam vários grupos organizados de visitantes, acompanhados dos respectivos guias.
Seguidamente passámos aos claustros da Abadia que era o ponto de encontro para a meditação ou cerimónias.

Claustros da "Abadia" do "Mont Saint-Michel"

Jardins e claustros da "Abadia" do "Mont Saint-Michel"

Continuámos até à grande sala ampla que é a sala de estudos dos monges, “Sala dos Cavaleiros” ou “Scriptorium”, na qual ainda podemos ver as mesas e bancos que ali se encontram e que eram destinadas aos monges. Era nesta sala que os monges passavam a maior parte do tempo a copiar iluminuras.

"Sala dos Cavaleiros" ou "Scriptorium" da "Abadia" do
"Mont Saint-Michel"

"Sala dos Cavaleiros" ou "Scriptorium" da "Abadia" do
"Mont Saint-Michel"


Seguidamente passámos pelo refeitório que é considerada uma das salas mais majestosas da Abadia, com as sua abóbodas e capiteis e os seus 24 metros de largura.

"Sala do refeitório" da "Abadia" do "Mont Saint-Michel"

Ao fundo vemos as lareiras da "sala do refeitório" da "Abadia"
do "Mont Saint-Michel"

À saída da Abadia parámos num dos bares ali existentes e comprámos algo para o nosso almoço. Parámos para comer num local onde já se encontravam muitos turistas, também a comer e sentados nas rochas aproveitando assim para descansar um pouco.
Em seguida percorremos a estreita e ingreme Grande Rua “Grande Rue”.
Esta rua medieval está completamente apinhada de lojas comerciais que vendem “souvenirs” bem como produtos típicos da região. Há também museus, restaurantes e alguns pequenos hotéis e casas antigas dos séculos XV e XVI.
Convém referir que algumas casas e habitações a título individual encontram-se classificadas como Monumentos Históricos.







Na Grande Rua encontra-se localizada a Igreja Paroquial consagrada a São Pedro “Saint Pierre”, o santo padroeiro dos pescadores, é uma pequena igreja dos séculos XV e XVI.
Esta igreja tem à entrada a estátua em tamanho real de “Joana D’Arc”.

Estátua de "Joana D'Arc" à entrada da Igreja de São Pedro
no "Mont Saint-Michel"

Nave e altar da Igreja de São Pedro no
"Mont Saint-Michel"

Estátua de Santa Ana a ler com "Maria" na Igreja
de São Pedro no "Mont Saint-Michel"

A Igreja apresenta uma capela lateral na qual se encontra uma estátua do “Arcanjo São Miguel” matando o dragão.

Estátua do "Arcanjo São Miguel" matando o dragão
na Igreja de São Pedro no "Mont Saint-Michel"

Em seguida continuámos o nosso percurso apreciando toda esta beleza e os imensos turistas que também por ali deambulavam e saímos em direcção aos parques de estacionamento. Este percurso de regresso foi efectuado a pé e quando estamos a meio da ponte e olhando para trás em direcção ao Monte vemos uma imagem impressionante de uma ilha com enormes muralhas que rodeiam uma Abadia localizada no alto do Monte.
Esta ilha é acessível através de uma ponte ou então a pé, mas neste caso apenas com a maré baixa. O acesso a pé bem como pequenos passeios a pé ou a cavalo percorrendo o imenso areal, deve ser apenas efectuado com extremos cuidados e acompanhados de um guia local pois estes conhecem os melhores sítios para passar devido á existência de areias movediças bem como os horários das marés. Esta ilha também é conhecida pelas maiores variações de maré da Europa. As águas podem subir até 15 metros com a maré alta e com uma velocidade algo rápida “à velocidade de um cavalo a trote” como localmente se diz e acima de tudo com diversas correntes cruzadas o que torna esse espaço perigoso para o visitante incauto. Em poucos minutos esta ilha do Monte de São Miguel “Le Mont Saint Michel”, pode estar completamente cercada de água do oceano como pode estar no meio de um areal imenso a cerca de 10 Km de distância do mar com a alternância das marés.
Um dado curioso pois apenas um em cada três visitantes é que visita a Abadia e a Igreja.




Mais algumas fotos que foram tiradas durante o percurso.






O tempo continuou instável e ao fim do dia voltou a chover com alguma intensidade. Ao fim do dia chegou uma autocaravana de matrícula portuguesa.
O Monte de São Miguel “Le Mont Saint Michel” que estamos habituados a ver através das imensas fotografias com o monte no meio de uma imensidão de água é um lugar mítico e que qualquer pessoa tem como curiosidade um dia poder visitar. 
Esta nossa visita como foi efectuada com a maré baixa e aquela imagem que se trazia deste lugar perdeu-se um pouco mas de qualquer modo é um lugar e uma visita que se deve fazer.
À noite por volta das 10,30 horas, depois da chuva ter terminado ainda fomos a pé até ao Monte de São Miguel “Le Mont Saint Michel” que estava iluminado para apreciar um pouco dessa beleza. No percurso a pé encontrámo-nos com várias outras pessoas que também estavam a fazer o percurso como nós e alguns já estavam de regresso. As nevettes ainda se encontravam em funcionamento e sempre cheias de turistas quer num sentido ou noutro. O regresso ao parque de estacionamento foi efectuado numa “navette”.


Este parque de estacionamento fica a cerca de 2 Kms ou a 45 minutos a pé do Monte de São Miguel “Le Mont Saint Michel”.
O estacionamento das autocaravanas é de 17,20 € por um período de 24 horas.
Estacionamento e pernoita num parque destinado ás autocaravanas, (coordenadas N 48º 36’ 49”  W -1º 30’ 04”)
Percorridos no dia 20 Kms

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Espanha e França 2018
Dia 29 (30 de Maio de 2018)
(Saint Malo – Dol de Bretagne)
 Após o pequeno-almoço fomos novamente até ao casco velho “Intra Muros”, onde passeámos um pouco calmamente pelas ruas que já começavam a ter algum movimento de turistas e em seguida fomos até à “Porta de São Tomás”. 
A Porta de São Tomás, “Porte Saint-Thomas", juntamente com a “Grande Porta” é a mais antiga de Saint-Malo e cuja construção remonta ao ano de 1737. Esta porta dava acesso à praia de “L’Eventail” e ao Forte Nacional.



Porta de São Tomás nas muralhas da cidade fortificada
"Intra-Muros" de Saint-Malo

Pormenor da engrenagem em ferro destinada a
abrir e fechar a Porta de São Tomás em Saint-Malo

Pormenor da engrenagem em ferro destinada a
abrir e fechar a porta de São Tomás em Saint-Malo

Seguidamente subimos as escadas de acesso ás muralhas e olhando para o oceano vemos as ilhas “Petit Bé" e "Grand Bé” bem como o Forte Nacional, construído sob as ordens de Vauban durante o ano de 1689, para assegurar a proteção do porto de Saint-Malo.
O Forte Nacional pode ser visitado quando a maré baixa durante o período de 1 de Junho a 30 de Setembro e ainda durante as férias escolares.
As visitas são visitas guiadas e comentadas por um guia e com a duração aproximada de 35 minutos.
Os bilhetes para a visita custam 5€ por adulto e 3€ por criança dos 6 aos 16 anos.
O Forte Nacional encontra-se classificado como Monumento Histórico.

"Forte Nacional" em Saint-Malo

O denominado forte da Rainha “Fort La Reine” era originalmente uma bateria de artilharia, construída sob as ordens de Vauban em 1694 e a sua construção tinha por finalidade assegurar a proteção do porto de Saint-Malo.


"Forte da Rainha" em Saint-Malo

A Torre de Bidouane, “Tour Bidouane”, construída num promontório rochoso durante a segunda metade do século XV, com os seus 23 metros de altura e 13 metros de largura é uma das principais torres fortificadas das muralhas de Saint-Malo.


"Torre Bidouane" nas muralhas da cidade fortificada "Intra-Muros"
de Saint-Malo

"Torre Bidouane", uma pequena praia e ao fundo o "Forte La Reine" 
em Saint-Malo

Nas muralhas, mais precisamente na Praça de Quebec “Place du Québec”, encontramos a estátua de Robert Surcouf, vestido com o seu casaco de corsário e indicando com a cabeça o caminho a seguir.
O corsário “Robert Surcouf “ denominado como “o rei dos corsários” tinha como alvo preferencial o comércio inglês.
Robert Surcouf, nascido em 1773 foi marinheiro aos 13 anos e capitão aos 22 anos e a sua façanha mais importante aconteceu em Janeiro de 1796. Nessa altura, no Oceano Índico, após ter interceptado e saqueado um navio inglês carregado de arroz, quando viu ao longe um enorme barco britânico, o Triton, com 30 armas e 150 homens a bordo.
Robert Surcouf tem apenas 6 armas e 15 homens, mas, ele resolve ostentar a bandeira inglesa no seu barco e faz assim a aproximação ao barco “Triton” sem ser atacado. No último momento da aproximação retira a bandeira inglesa e iça a bandeira francesa e de imediato faz a abordagem ao barco “Triton”. Após uma meia hora de luta selvagem e feroz os ingleses do barco “Triton” rendem-se. A partir desta altura começa verdadeiramente a lenda de Robert Surcouf, aos 23 anos de idade, como “o rei dos corsários”.
Outro feito importante do  corsário “Robert Surcouf “ foi a captura de “Kent” o importante navio de 1200 toneladas da Companhia Britânica das Índias Orientais. 
Estes corsários tinham a aprovação do rei de França com o qual partilhavam os espólios dos saques.

Estátua de "Robert Surcouf", denominado o "rei dos
corsários" em Saint-Malo

O forte do Pequeno Bé “Fort du Petit-Bé” encontra-se na ilha de “Petit-Bé”, a poucas centenas de metros das muralhas de Saint-Malo e a poucas dezenas de metros da ilha do Grande Bé “Grand-Bé”.
O forte construído no século XVII, é composto por uma grande plataforma e um edifício com três níveis e dois bastiões e com acomodações para 160 soldados com 19 canhões e 2 morteiros. Este forte fazia parte de um cinturão defensivo, projectado por Vauban e destinado a proteger a cidade de Saint-Malo dos ataques das esquadras inimigas, inglesas e holandesas. Esse cinturão defensivo também incluía além das próprias muralhas da cidade, vários fortes, (“Forte Nacional”, “Fort Harbour”, “Fort La Conche”, “Fort Cézembre”, e “Fort de Varde”, estes dois últimos foram destruídos) .


"Fort La Reine" e "Fort du Petit-Bé" em Saint-Malo

"Fort du Petit-Bé" em Saint-Malo

O bastião (fortaleza) da Holanda” “Le Bastion de la Hollande”, foi construído após o colapso de parte das muralhas originais da cidade de Saint-Malo, a partir do ano de 1674. Este bastião (fortaleza) tomou o nome de “Holanda”, porque a sua construção começou durante o período em que a França estava em guerra com a Holanda.


Canhões no "Bastião da Holanda" na cidade fortificada
"Intra-Muros" de Saint-Malo

Continuando pelo “Bastião da Holanda” encontramos a estátua de Jacques Cartier.
Jacques Cartier, explorador, nascido em Saint-Malo em 31 de Dezembro de 1491, ficou conhecido pelas suas três viagens ao Canadá em busca de ouro e a descoberta do Triângulo das Bermudas, entre outras.


Estátua do explorador "Jacques Cartier" em Saint-Malo

O corsário René Duguay-Trouin, nascido em Saint-Malo no dia 10 de Junho de 1673, alcançou o posto de Almirante das armadas navais do rei de França e também o posto de Comandante da Ordem Real e Militar de São Luís. Aos 18 anos era capitão de uma fragata propriedade da sua família e aos 21 anos o rei Luis XIV de França, confiou-lhe o comando do barco “Profond”, com 32 canhões.
Ele capturou mais de 300 navios mercantes e 16 navios de guerra.
O feito mais importante deste corsário foi uma expedição armada francesa que comandou em Setembro de 1711 e que culminou com o sequestro do Rio de Janeiro no ano de 1711. Nessa altura o corsário impôs condições para sair, o equivalente a 2 milhões de libras francesas, caso contrário incendiaria o Rio de Janeiro. As negociações foram difíceis e duraram semanas, mas por fim foram aceites, pelo que o corsário regressou finalmente a França com o espólio deste saque.
Estes corsários tinham a aprovação do rei de França com o qual partilhavam os espólios dos saques.

Estátua do corsário "René Duguay-Trouin" em Saint-Malo

Continuando o nosso percurso chegámos à Catedral de Saint-Malo, mais precisamente a Catedral de São Vicente de Saragoça “Cathedrale Saint-Vincent-de-Saragoça de Saint-Malo”, do século XII, de estilos romano e gótico, apresenta janelas com vitrais que retratam a história da cidade e é dedicada a São Vicente de Saragoça.
A Igreja sofreu bastantes danos durante os bombardeamentos da 2ª guerra mundial em Agosto de 1944 e as obras de reconstrução demoraram cerca de 28 anos.


Fachada da Catedral de Saint-Malo

Nave e altar da Catedral de Saint-Malo

Nave e altar da Catedral de Saint-Malo


Pia baptismal da Catedral de Saint-Malo

Pia baptismal da Catedral de Saint-Malo

Saindo da catedral fomos até ao “Recinto da Resistência”, “L’Enclos de la Resistence”, construído em homenagem aos voluntários de Saint-Malo que se uniram à resistência durante a 2ª guerra mundial. Ali podemos observar um grande megalito de granito e que evoca um corpo humano em pé, sem braços e numa postura suplicante, com a cabeça voltada para o céu.




Ao centro o "magalito de granito" no "Recinto da Resistência"
em Saint-Malo


Próximo do “Recinto da Resistência” encontra-se a “Capela de Saint-Aaron”, Chapelle Saint Aaron”, do século XVII, é dedicada a “Saint Aaron, pai espiritual de Sant-Malo e segundo a tradição encontra-se localizada no local onde viveu, morreu e foi enterrado o eremita “Saint Aaron”.
A “Capela de Saint-Aaron” está classificada como Monumento Histórico


Capela de "Saint Aaron" em Saint-Malo

Continuando o nosso percurso passámos pela casa “La Houssaye”, construída no século XV é considerada como a casa mais antiga de Saint-Malo devido aos detalhes arquitectónicos.
Com três níveis /andares) a é torre coberta com um telhado cónico e apresenta uma galeria de madeira, vulgarmente designada como varanda ou marquise.
Vulgarmente conhecida como a “Casa da Duquesa Ana”, pois segundo a tradição é referido de que a Duquesa Ana da Bretanha, ficava lá instalada aquando das visitas que efectuava para inspecionar os trabalhos do castelo.


A casa "La Houssaye" em Saint-Malo

Em seguida fomos até ao porto e ali encontra-se ancorado a fragata “Estrela do Roy”, “Étoile du Roy”, que é o segundo maior navio corsário francês, com os seus 47 metros e com três mastros.
A fragata “Estrela do Roy”, “Étoile du Roy”, é uma espécie de museu flutuante podendo ser visitado, com os seus 20 canhões, uma figura de proa otomana e umas dimensões majestosas, 790 m2 de vela, entre outras curiosidades.
No passado, até 240 tripulantes estavam ocupados no convés e nas mortalhas.
As visitas podem ser efectuadas entre Abril e Outubro e nas férias escolares. O bilhete de entrada é de 6€ por adulto e 3€ por criança.




Figura de proa otomana na fragata "Estrela do Roy"
no porto de Saint-Malo


A fragata "Estrela do Roy" no porto de Saint-Malo

A fragata "Estrela do Roy" no porto de Saint-Malo

No século XVII o porto de Saint-Malo foi muito importante e produziu uma imensa riqueza oriunda da Terra Nova e das Índias, que permitiu aos armadores construírem grandes mansões e que hoje se tornam as jóias da arquitectura civil da cidade.

"Hotel de Ville" de Saint-Malo












A saborear a nossa refeição em Saint-Malo

Um lugar de histórias e lendas, berço de personagens ilustres, a cidade de Saint-Malo conseguiu preservar a sua autenticidade conferida pelas suas muralhas, suas calçadas e suas antigas pedras.
As expectativas que tínhamos relativamente a esta visita confirmaram-se pois Saint-Malo é um destino que óbviamente se recomenda.
Almoçámos umas ameijoas, “Moulles”, num dos restaurantes no casco velho “Intra-Muros” e em seguida saímos para Dol de Bretagne onde chegámos por volta das 15,00 horas à AS onde já se encontravam mais 5 autocaravanas.


Dol-de-Bretagne fica localizada na Bretanha e no departamento de “Ille-et-Vilaine”. É uma pequena cidade situada a meio caminho entre a cidade fortificada de Saint-Malo e Mont-Saint-Michel.
Depois de devidamente instalados e após termos efectuado a manutenção das águas da autocaravana, fomos ao Posto de Turismo solicitar mapas e informações turísticas. Como curiosidade pode-se referir que a informação constante no “caderno de viagem” fornecido pelo Posto de Turismo, consta com três percursos assinalados e comentados. Os referidos percursos têm duração diferente de tempo, 1 hora, 2 a 3 horas e o de 1 dia. O percurso de um dia inclui algumas visitas nas redondezas próximas da vila.
Após termos analisado esta informação a nossa visita começou precisamente junto do Posto de Turismo com a visita à Catedral. A Catedral de São Sansão “Cathedrale Saint Samsom”, construída nos séculos XII e XIII é de estilo gótico de influência normanda, sendo uma das mais belas catedrais da Bretanha. Esta catedral é dedicada a São Sansão, “Saint Samsom” que foi um dos santos fundadores da Bretanha.
Na catedral podemos admirar as esculturas ornamentadas em torno da entrada sul, belos vitrais e o túmulo de estilo renascentista de um bispo do século XV (o Mausoléu de Thomas James) bem como as relíquias de São Sansão e São Magloire.
A Catedral de São Sansão “Cathedrale Saint Samsom” encontra-se classificada como Monumento Histórico.

Fachada da catedral de São Sansão em Dol-De-Bretagne

Fachada norte da catedral de São Sansão em Dol-De-Bretagne

Esculturas ornamentadas na entrada sul da
catedral de São Sansão em Dol-De-Bretagne

Pormenor das esculturas ornamentadas na entrada sul da
catedral de São Sansão em Dol-De-Bretagne

Nave e altar na catedral de São Sansão em Dol-De-Bretagne

Púlpito na catedral de São Sansão em Dol-De-Bretagne

Mausoléu de estilo renascentista de "Thomas James"
na catedral de São Sansão em Dol-De-Bretagne

Esculturas no Mausoléu de "Thomas James" na catedral de
São Sansão em Dol-De-Bretagne


Vitral na catedral de São Sansão em Dol-De-Bretagne

Altar da catedral de São Sansão em Dol-De-Bretagne





Na rua “Lejamptel “Rue Lejamptel”, antiga rua estreita, podemos admirar algumas casas dos séculos XII e XIII, com as suas arcadas, pilares e varandas.







"La Grisardiere" casa romana do século XII em Dol-De-Bretagne


A Maison des Petits Palets, também conhecida como a Casa das Mantas, construída no século XII e posteriormente foi remodelada no século XVII.
O edifício de dois andares é notável por sua série de três arcos semicirculares localizados na fachada. À esquerda, há um arco duplo sobre um pilar central e à direita um arco simples com um pilar de cada lado. Estes arcos são esculpidos com frisos geométricos em paus quebrados e as capitais dos pilares também são esculpidas.
A Maison des Petits Palets encontra-se classificada como Monumento Histórico.



"Maison des Petits Palets" conhecida por Casa das Mantas", do
século XII em Dol-De-Bretagne

Ao lado do Posto de Turismo e da Catedral de São Sansão fica o CathédralOscope que é um museu único deste género em que nos é proporcionado ver as técnicas de construção utilizadas e os progressos realizados pelos trabalhadores nas construções das catedrais durante a Idade Média. CathédralOscope oferece um olhar lúdico, educacional e interativo na arte gótica, sendo um centro de interpretação das  catedrais.
O bilhete para adulto é de 6,80 € e o áudio guia 1,50 € . O áudio guia é nas línguas inglesa, alemã, francesa e holandesa.
Não chegámos a visitar o museu dado o mesmo já se encontrar fechado.

"CathédralOscope" em Dol-De-Bretagne

Em Dol-de-Bretagne encontram-se muitas casas em estilo enxaimel e possui um rico património histórico e arquitectónico em muito bom estado.

Hotel de Ville de Dol-De-Bretagne










Dol-de-Bretagne é relativamente pequena e vive da agricultura, do comércio e do turismo.
Esta AS fica junto ao centro da Vila e o estacionamento é gratuito apenas a manutenção das águas é paga, 2 €.
Estacionamento e pernoita na AS, (coordenadas N 48º 21’ 50”  W -1º 45’ 17”)
Percorridos no dia 28 Kms
*
Depois desta visita demos por terminada a nossa incursão pela Bretanha Francesa.
As expectativas que trazíamos relativamente à Bretanha não saíram defraudadas, pelo contrário, pois cada localidade ainda era mais atrativa que a outra e conhecemos localidades excepcionais e que merecem de facto ser visitadas e revisitadas.
A Bretanha Francesa é uma descoberta maravilhosa, pois é muito rica em património cultural, natural e histórico. As cidades, vilas ou aldeias apresentam uma grande preservação e uma autenticidade invulgar.
Na Bretanha podemos ainda admirar os escultores de “Kersantite”, que muitas vezes formam estátuas, cenários religiosos, lápides, igrejas e capelas com esta pedra,
Outra característica interessante da Bretanha é que em muitas das localidades existem informações / indicações com sinais bilingues, em francês e bretão.
Como alguém nos referiu “nós somos um povo diferente e com uma grande cultura de origem Celta e das Ilhas Britânicas”.