Espanha e França 2018
Dia 38 (08 de Junho de 2018)
(Honfleur – Le Havre – Étretat - Fécamp)
A manhã apresenta-se com algum
nevoeiro mas já se notava que as temperaturas estavam mais elevadas.
Após o pequeno-almoço seguimos
pela ponte da Normandia, cujo custo de travessia foi de 6.30 € e chegamos à
cidade de Le Havre, o nosso destino, por volta das 9,00 horas.
Le Havre encontra-se localizada
na costa do Canal da Mancha e do estuário do rio Sena, no departamento de
Seine-Maritime, da região administrativa da Normandia, França.
Le Havre, o segundo maior porto
da França sofreu danos catastróficos durante a Segunda Guerra Mundial. A
destruição da cidade atingiu o seu ponto mais alto durante a Batalha da
Normandia, no verão de 1944. Durante os dias 5 e 6 de Setembro de 1944, as
tropas Aliadas começaram a tomar de assalto a cidade para a libertar da
ocupação alemã o que veio a acontecer no dia 12 de Setembro de 1944. A maioria
das 132 bombas que atingiram a cidade durante o período da guerra, foram
apelidadas de “tempestade de aço e fogo”.
Mais de 90% da cidade ficou em
ruínas. Com o final da guerra e segundo dados da UNESCO, um total de 5.000
civis foram mortos, 12.500 construções destruídas e 80.000 pessoas
desabrigadas.
A reconstrução da cidade após a
Segunda Guerra Mundial foi efectuada com um planeamento intenso, com uma
personalidade moderna e forte.
O centro da cidade de Le Havre
foi declarado Património Mundial da UNESCO no ano de 2005.
Pelas indicações que tínhamos
optámos por estacionar numa rua próxima de uma área de serviço localizada na Rua Andrei Sakharov. A cerca de 10 minutos a pé do local onde estacionámos encontra-se a paragem de Verlaine (“TransWay”, metro de superfície).
O custo de cada bilhete/título que tem a duração de validade de 1 hora é de 1,70 €. Se depois se recarregar este bilhete/título o preço já fica em 1,50 €.
O custo de cada bilhete/título que tem a duração de validade de 1 hora é de 1,70 €. Se depois se recarregar este bilhete/título o preço já fica em 1,50 €.
Utilizámos este meio de
transporte para nos deslocarmos até ao centro da cidade de Le Havre, tendo
saído na paragem “Hotel de Ville”.
"Hotel de Ville" de Le Havre, França |
Ali chegados percorremos a
avenida em direcção à praia e posteriormente dirigimo-nos ao Posto de Turismo a
solicitar informações turísticas e mapas.
Depois de consultar um pouco os
mapas e as informações fornecidas começámos a nossa visita precisamente pela
Igreja de São Dinis, “Église Saint-Denis, Sainte Adresse”, construída entre
1874 e 1877 de estilo neogótico.
Igreja de São Dinis em Le Havre, França |
Portal da fachada da Igreja de São Dinis em Le Havre, França |
Fachada da Igreja de São Dinis em Le Havre, França |
Nave e coro da Igreja de São Dinis em Le Havre, França |
Pia baptismal da Igreja de São Dinis em Le Havre, França |
Continuámos o nosso percurso até
à igreja de São José, “Église Saint-Joseph”, construída entre 1951 e 1956, de
arquitectura moderna inspirada na arquitectura neo-gótica e neoclássica.
Esta igreja é um edifício
emblemático no centro da cidade e foi erguida em memória das vítimas dos
atentados na Segunda Guerra Mundial.
Como um farol no coração da cidade, a igreja de Saint-Joseph
distingue-se por uma torre octogonal de lanterna, de 107 metros de altura, que
faz parte da base quadrada do edifício, reunindo nave e coro e apresenta 6.500
vitrais coloridos, em que as cores variam dependendo da orientação do sol, e
apresenta as paredes em concreto
“cimento armado”. Esta obra-prima da arquitectura do século XX é de tirar o
fôlego com a sua incrível beleza.
A igreja de São José, “Église
Saint-Joseph”, encontra-se classificada como Monumento Histórico e também se
encontra classificada como Património Mundial da UNESCO.
Igreja de São José em Le Havre, Normandia, França |
Altar da Igreja de São José em Le Havre, França |
Altar da Igreja de São José em Le Havre, França |
Torre octogonal de lanterna da Igreja de São José
em Le Havre, França
|
Esta cidade apresenta um grande
projecto do arquitecto brasileiro, Oscar Niemeyer.
No centro da cidade e próximo da
Prefeitura, em frente à Praça do General de Gaulle, podemos admirar o “Centro
Cultural le Havre”, conhecido como “o Vulcão”, precisamente da autoria do
referido arquitecto Oscar Niemeyer. Esta obra emblemática considerada uma obra
consagrada da arquitectura contemporânea, apresenta-nos além da composição
visual o espaço de circulação pedestre que foi rebaixado de modo a proteger as
pessoas dos fortes ventos da Normandia. Interiormente este centro cultural
apresenta um teatro, cinema, estúdios de gravação e salas para apresentações e
exposições temporárias.
Continuámos descontraidamente a
nossa visita passeando um pouco pelas ruas da cidade.
Aproveitámos e efectuámos algumas compras, lã para um casaco de bébé, e alguma comida e em seguida regressámos à autocaravana, tendo utilizado novamente o transporte do “TransWay”, metro de superfície. Esta lã que foi comprada é para a minha mulher ir fazendo em alguns períodos de descanso durante estas férias, mais algumas peças de roupa para o bébé, futuro neto que está para nascer.
Após o almoço saímos com destino
a Étretat onde chegámos por volta das 16,00 horas.
Estacionámos num estacionamento,
junto à estação do caminho-de-ferro e que dista cerca de 10 minutos do centro
da Vila. Neste estacionamento já se encontravam estacionadas mais 2
autocaravanas.
Étretat é uma vila localizada a
norte de Le Havre, na costa do canal, também no departamento de Seine-Maritime,
da região administrativa da Normandia, França.
Esta era uma modesta vila de
pescadores mas que entretanto se tornou numa famosa estância balnear. A
aparência extraordinária e monumental das suas falésias de pedra branca, quase
imaculadas e praias de cascalho acinzentado tornaram-na como um dos principais
destinos turísticos do mundo e que pintores famosos como Gustave Courbert,
Eugène Boudin e Claude Monet imortalizaram com os seus quadros e contribuíram
imenso para a sua publicidade.
As falésias mais importantes de
Étretat são a “Falésia de Aval” e a “Falésia de Amont”.
Em seguida fomos até à Vila, mais
precisamente ao Posto de Turismo solicitar mapas e informações turísticas.
Posto de Turismo de Étretat, França |
Começámos a nossa visita pela
igreja de “Notre-Dame de Étretat” de estilos, românico e gótico, iniciada a sua
construção no século XI, sendo posteriormente remodelada no século XIX. Esta
igreja encontra-se classificada como Monumento Histórico.
Igreja de "Notre-Dame de Étretat", França |
Porta da fachada da Igreja de "Notre-Dame de Étretat", França |
Esculturas na porta da Igreja de "Notre-Dame de Étretat", França |
Nave e altar da Igreja de "Notre-Dame de Étretat", França |
Pia baptismal na Igreja de "Notre-Dame de Étretat", França |
Passámos pelo antigo mercado
localizado na Praça Foch. Esse mercado com uma estrutura em madeira tipo
medieval e que apresenta no seu interior pequenas lojas de diversos produtos
mas essencialmente souvenires de Ètretat.
Esse mercado serviu como hospital
para soldados britânicos durante a primeira guerra mundial.
Antigo mercado de Étretat, França |
Antigo mercado de Étretat, França |
Continuámos o nosso percurso e
fomos até à Capela da Nossa Senhora da Guarda “Chapelle Notre Dame de La Garde”,
tendo optado por subir os 351 degraus a partir do calçadão da praia. Também se
pode aceder à capela de carro, tendo inclusive um estacionamento atrás da
capela. Esta capela construída em 1854, de estilo neo-gótico com a sua nave em
forma de casco, a fazer referência como sendo um lugar de culto para os
marinheiros.
Durante a segunda guerra mundial
esta capela foi destruída pelo exército alemão e posteriormente foi
reconstruída e inaugurada em 22 de Agosto de 1950.
"Capela de Nossa Senhora da Guarda" em Étretat, França |
"Capela de Nossa Senhora da Guarda" em Étretat, França |
"Gárgulas" com cabeças de peixes, na "Capela de Nossa Senhora
da Guarda" em Étretat, França
|
A vista do alto desta falésia é
incrível apesar do nevoeiro que nesta altura se fazia sentir.
Próximo da capela existe um
monumento em forma de avião em homenagem aos pilotos Charles Nungesser e
François Coli. Estes pilotos tentaram efectuar a travessia do Atlântico Norte
na direcção Paris – Nova York, sem escala, no hidroavião Levasseur que foi baptizado
de “Pássaro Branco”, “L’Oiseau Blanc”.
Os dois pilotos foram vistos pela
última vez, no dia 8 de Maio de 1927, a voar em baixa altitude (entre 100 e 200
metros) por cima de Étretat.
A tentativa da travessia do
Atlântico Norte na direcção Paris – Nova York, fracassou e os pilotos nunca
foram encontrados.
Na “Falésia de Amont” encontram-se
os “Jardins de Étretat”, instalados em vários níveis de terreno e que combinam
paisagismo e arte moderna, como pedras e esculturas.
A descida da “Falésia de Amont”, foi
efectuada também a pé, novamente até ao calçadão da praia e, devido ao nevoeiro
que se fazia sentir em zonas mais próximas do mar, aproveitámos e fomos passear
um pouco pelas ruas desta vila.
Pudemos também admirar algumas
casas tipo enxaimel e em que algumas delas apresentam elaboradas esculturas de
madeira.
Do nada, o nevoeiro junto à praia
desapareceu um pouco, por breves momentos, e permitiu-nos ainda fazer estas
fotos das famosas falésias.
A jóia de Étretat é sem dúvida alguma as suas famosas falésias.
A jóia de Étretat é sem dúvida alguma as suas famosas falésias.
A "Falésia d'Amont" vendo-se também no topo da falésia a" Capela
da Nossa Senhora da Guarda" em Étretat, França
|
O cartão postal de Étretat é sem
dúvida o da famosa “Falésia de Aval”, com o seu arco e que mais parece um
elefante mergulhando a sua tromba no mar.
Atrás do arco da Falésia de Aval há uma pedra com cerca de 70 metros de altura que emerge da água, sendo chamada de “a agulha”, “L’Aiguille”.
Étretat vive essencialmente do turismo e é muito apreciada pelos imensos trilhos de caminhada pelo que é um oásis para os amantes da natureza. Esses trilhos também são usados pelos ciclistas do BTT.
Atrás do arco da Falésia de Aval há uma pedra com cerca de 70 metros de altura que emerge da água, sendo chamada de “a agulha”, “L’Aiguille”.
A "Falésia de Aval" em Étretat, França |
Étretat vive essencialmente do turismo e é muito apreciada pelos imensos trilhos de caminhada pelo que é um oásis para os amantes da natureza. Esses trilhos também são usados pelos ciclistas do BTT.
Étretat é uma vila pequena e que
deve ser explorada descontraidamente a pé.
Em toda a vila fomo-nos apercebendo
de que havia indicações de estacionamentos proibidos em muitas das ruas e
estacionamentos também condicionados das 05,00 ás 19,00 horas do dia seguinte
ou seja dia 09 de Junho, devido a um casamento que se ia realizar.
Ao fim do dia quando regressámos
à autocaravana verificámos de que também ali haviam sido afixadas as
informações sobre as restrições aos estacionamentos para o dia seguinte
incluindo já a madrugada. Após o jantar ainda percorremos alguns parques de
estacionamentos mas não foi possível pernoitar já que os parques de
estacionamento têm todos a proibição de estacionamento para as autocaravanas
pelo que optámos por nos deslocar para Fécamp onde chegámos por volta das 21,00
horas. Em Fécamp estacionámos num descampado junto à lota e marina. Nesse local
já se encontravam cerca de 40 autocaravanas.
Fécamp, antigo porto de pesca
bacalhoeiro, é uma pequena vila que fica localizada na costa do Alabastro no Canal
da Mancha, no departamento de Seine-Maritime, da região administrativa da
Normandia, França.
Depois de devidamente instalados
ainda fomos dar um breve passeio a pé pela vila.
"Porto náutico" em Fécamp, França |
"Porto náutico" em Fécamp, França |
Praia em Fécamp, França |
Escultura de Dominique Denry simbolizando "A Hora do Banho",
"L'Heure du Bain"na praia de Fécamp, França
|
Estacionamento e pernoita num
descampado junto à lota e marina na Rue du Commandant Riondel, (coordenadas N
49º 45’ 43,9” E 0º 22’ 7,7”)
Percurso de Honfleur a Le Havre,
23 Kms
Percurso de Le Havre a Étretat,
34 Kms
Percurso de Étretat a Fécamp, 23
Kms
Percorridos no dia, 80 Kms
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