domingo, 25 de outubro de 2015

5º Festival da Castanha em Arouca
Dia 2 (25 de Outubro de 2015)
(Arouca - Vila Nova de Gaia)

Durante a manhã fomos ao Posto de Turismo solicitar informações sobre locais de interesse a visitar bem como alguns mapas e apenas a partir desse momento é que tomámos conhecimento dos vários pontos de interesse turístico que existem nesta região e que pensamos percorrer e visitar numa próxima viagem.
Aproveitámos para percorrer algumas das ruas e admirar algumas construções recuperadas.


Câmara Municipal de Arouca
Em seguida fomos até ao “Calvário de Arouca” que fica localizado a norte da Vila, e fica sobre uma imensa massa granítica, sobressaindo na sua parte mais elevada 3 cruzes, das quais a central tem a data de 1627. No centro, a encimar todo o conjunto tem um púlpito também em granito. As restantes cruzes da via sacra encontram-se espalhadas pelas diversas ruas da Vila.





O almoço foi novamente no Restaurante Pedagógico que funciona no refeitório do Mosteiro e que aproveitámos para saborear um delicioso prato de “rojões com castanhas em cama de legumes”.
Em seguida efectuamos a manutenção da autocaravana deslocámo-nos até ao monte da Senhora da Mó que se situa a cerca de 8 Km da Vila de Arouca e que se eleva a 711 metros de altitude.
Do seu cume temos uma vista panorâmica de todo o vale de Arouca, como ainda podemos observar a serra de Montemuro e o cume de São Macário, na serra de Arada.

Vista panorâmica desde o Monte da Senhora da Mó
No seu ponto mais elevado existe uma capela dedicada a Nossa Senhora da Mó, capela essa que se presume ser do século XVI.

Capela dedicada a Nossa Senhora da Mó
Em Arouca a Nossa Senhora da Mó é considerada advogada dos campos, das colheitas e dos animais e protectora contra as secas e as trovoadas.
Diz-se também que a Nossa Senhora da Mó tem mais seis irmãs, por igual número serem as ermidas de invocação mariana que se avistam da sua capela, localizadas nos montes em redor: Senhora do Monte, Senhora da Laje, Senhora das Amoras, Senhora do Castelo, Senhora Guia e Santa Maria do Monte.
Não foi possível entrar na Capela uma vez que a mesma se encontrava fechada tendo, após uma visita pelo local, empreendido a viagem de regresso.


As descrições de locais bem como de monumentos e/ou um pouco de história, são essencialmente recolhidas através de informação existente em sites de Turismo, incluindo as do Posto de Turismo, site da Câmara Municipal de Arouca, literatura do Círculo de Leitores e consultas na Wikipédia.

sábado, 24 de outubro de 2015

5º Festival da Castanha em Arouca
Dia 1 (24 de Outubro de 2015)
(Vila Nova de Gaia – Arouca)

Chegámos a Arouca por volta das 11 horas e dirigímo-nos para o parque de estacionamento da Feira, local onde está situada a área de serviço para autocaravanas.
Ali chegados verificámos a enorme quantidade de autocaravanas já ali estacionadas, ocupando a quase totalidade dos parques de estacionamento. Não foi fácil encontrar um lugar disponível mas depois de algumas voltas lá conseguimos o nosso objectivo, que era estacionar.
O 5º Festival da Castanha em Arouca pretende acima de tudo homenagear o castanheiro e a castanha e apresenta também muita música, danças tradicionais, mostras gastronómicas, venda de produtos regionais, workshops, tasquinhas, passeio de btt, etc.
Integrado no Festival da Castanha encontra-se o 2º Encontro Nacional de Autocaravanas de Arouca, organizado pelo Grupo Autocaravanista Português.


Em seguida aproveitámos um pouco para passear descontraidamente pela Vila e observar-mos o movimento de pessoas por entre as “barraquinhas” com diversos produtos que se encontravam instaladas ao longo da rua junto ao  Mosteiro de Arouca.



O Mosteiro de Arouca foi fundado na primeira metade do século X, considerado um dos mais ricos do país, pertenceu à Ordem de Cister, de estilo classicista romano.
No século XVIII um incêndio destruiu grande parte do Mosteiro e as obras de restauro e recuperação prolongaram-se por mais de 20 anos. Em 1935 sofreu um novo incêndio e a partir daí iniciaram-se novas obras de reconstrução. Actualmente tem vindo a ser alvo de obras de recuperação e restauro da responsabilidade do IPPAR e que visa modernizar o Museu de Arte Sacra que ali se encontra instalado. No Museu encontram-se objectos de culto, paramentos, peças de mobiliário, manuscritos litúrgicos e ainda peças raríssimas nas artes de escultura, pintura, tapeçaria e ourivesaria.
Os espaços com maior relevância do Mosteiro são o Museu de Arte Sacra, considerado um dos melhores no seu género em toda a Península Ibérica, a Igreja com os seus altares em talha dourada, o Coro das Freiras, os Claustros, o Refeitório e a Cozinha.
Ao almoço saboreámos um delicioso prato de “bacalhau assado com castanhas e legumes” no Restaurante Pedagógico que funcionava no refeitório do Mosteiro.

Mosteiro de Arouca
Na praça em frente do Mosteiro, localizada no centro histórico, encontra-se a Capela da Misericórdia com a sua torre sineira, encravada entre uma casa particular e o antigo edifício da Câmara Municipal. O interior da Capela é composto por um altar muito simples e o tecto "apainelado", pintado com cenas bíblicas da Paixão e a nave revestida de azulejos do século XVII.
Actualmente ali encontra-se também um espaço museológico ligado à arte sacra.


A chuva que começou por volta da hora do almoço manteve-se durante quase toda a tarde o que condicionou um pouco algumas visitas que pensávamos fazer.
Durante a noite um “grupo circense” efectuou um espectáculo de malabarismos de fogo ao mesmo tempo que grupos de concertinas percorreram as ruas proporcionando alguns momentos musicais.




domingo, 14 de junho de 2015

Festa da Cereja em Alcongosta, Fundão 2015
Dia 3 (14 de Junho de 2015)
(Belmonte – Fundão – Vila Nova de Gaia)

De manhã acordámos com chuva, aliás durante a noite esteve a chover e em algumas alturas a chuva foi com alguma intensidade.
Após o pequeno-almoço procedi à manutenção da cassete e em seguida partimos com destino ao Fundão, tendo estacionado no parque do Pavilhão Multiusos.
A chuva manteve-se durante quase toda a manhã pelo que apenas dei um pequeno passeio a pé por algumas ruas do Fundão.
Após o almoço e dado a chuva ter parado optámos por nos deslocar ao Posto de Turismo local onde nos forneceram informações turísticas e mapas e pudemos desde logo apreciar a Casa dos Maias que é um solar barroco do século XVIII.
É uma casa brasonada de dois pisos e a fachada principal que apresenta dois portais decorados, janela de peitoril com espaldar curvo e avental com vão em arco abatido.


Continuando pela Rua da Cale podemos admirar o “Chafariz dos Golfinhos”, cuja data de construção é do século XX. Este chafariz é em granito, delimitado por duas pilastras e encimado por frontão curvo e falso beiral. Apresenta duas bicas em forma de peixes cruzados que desembocam em taça concheada circular. Apresenta também um brasão esculpido com data de 1747.


Na Praça Velha podemos admirar uma estátua em homenagem ao director e fundador do Jornal do Fundão, o jornalista António Palouro.


Dado a chuva ter retomado e com alguma intensidade, regressámos à autocaravana e iniciámos a viagem de regresso pela estrada das beiras, estrada montanhosa e algo sinuosa mas com algumas paisagens espectaculares como aquela que pudemos admirar no miradouro e parque merendeiro e de lazer “Varandas de Avô”.
Deste pequeno miradouro em pedra com alguns bancos temos uma vista fantástica de natureza envolvente, enriquecida pela beleza patrimonial da vila de Avô e cujo amontoado de casas se vai alastrando pela encosta do monte até ás margens do Rio Alva e a Ribeira de Pomares.
A aldeia de Avô é considerada uma das mais belas localidades portuguesas, tendo por esse motivo sido escolhida a sua fotografia para capa do livro de arte “As Mais Belas Aldeias de Portugal”.




Após esta breve paragem continuámos a viagem de regresso tendo efectuado nova paragem em Estarreja onde jantámos e em seguida seguimos para Vila Nova de Gaia e na passagem por Grijó abastecemos de gasóleo no posto do Pingo Doce a 1,175 € o litro.
Local de estacionamento no Fundão, coordenadas, N 40º 08’ 15’’  W 07º 30’ 14’’
Percurso efectuado de Belmonte ao Fundão 39 Km
Percurso efectuado do Fundão a Vila Nova de Gaia 258 Km
Total de Kms realizados nestes 3 dias de viagem: 630
 ***
As descrições de locais bem como de monumentos e/ou um pouco de história, são essencialmente recolhidas através de informação existente em sites de Turismo, incluindo os dos Postos de Turismo, complementada também por consultas na Wikipédia, e nos sites das Aldeias Históricas de Portugal, Rede de Judiarias de Portugal, Câmara Municipal de Castelo Branco e Junta de Freguesia de Alpedrinha.


sábado, 13 de junho de 2015

Festa da Cereja em Alcongosta, Fundão 2015
Dia 2 (13 de Junho de 2015)
(Alcongosta - Belmonte)

Após o pequeno-almoço saímos por volta das 10,00 horas tendo como destino Belmonte.
Chegados à AS de Belmonte já se encontravam ali mais 2 autocaravanas, uma francesa e outra inglesa.
Esta zona da AS é central, agradável pois fica inserida num pequeno parque verde com algumas estructuras de apoio, WC e zona para grelhar alguma comida, bem como parque de lazer para crianças. Existe ali ao lado um restaurante e um supermercado que se encontra a cerca de 5 minutos a pé.
Belmonte fica situada em plena Cova da Beira e com ampla vista sobre a encosta oriental da Serra da Estrela. A tradição diz que o nome Belmonte provém do lugar onde a vila se ergue, monte belo ou belo monte. Também há quem lhe atribua a origem de “belli monte”, monte de guerra.

Câmara Municipal de Belmonte

Belmonte terra natal do navegador Pedro Álvares de Cabral que em 1500 comandou a armada à Índia, durante a qual se descobriu oficialmente o Brasil.



A nossa visita começou pelo Castelo de Belmonte, construído no século XII num monte rochoso possuindo um traçado ovalado irregular e erguido em aparelho de pedra granítica.
O edifício, setecentista, que foi construído e incorporado à muralha ao lado da porta principal do castelo é onde funciona actualmente o Posto de Turismo.
Na fachada principal do castelo podemos ver um portal de arco de volta perfeita e no cimo desse arco encontra-se esculpida uma esfera armilar e o brasão de armas dos Cabral.
Este castelo medieval de estilo românico, ficou famoso por ter sido a residência da família Cabral, tendo aí habitado o navegador Pedro Álvares de Cabral.
O castelo está classificado como Monumento Nacional, encontrando-se aberto ao público e existindo na torre de menagem um museu com material arqueológico recolhido nas escavações arqueológicas que foram efectuadas.

Castelo de Belmonte e o edifício setecentista

Janela de estilo manuelino que se encontra numa das fachadas do Castelo de Belmonte

Após esta visita ao Castelo, optámos por almoçar num dos restaurantes locais, Restaurante O Brasão, local agradável e com uma ementa também com algumas especialidades de produtos locais. Na nossa refeição incluímos uma entrada de alheira com espinafres que estava algo deliciosa.
Após o almoço continuámos a nossa visita e nessa altura uns chuviscos fizeram-se sentir durante algum tempo.


A Igreja Matriz de Belmonte é de construção recente nos anos 40 do século XX, de vários estilos, com uma talha dourada neogótica.
Ali se encontra a imagem quatrocentista de Nossa Senhora da Esperança que dizem ter acompanhado Pedro Álvares de Cabral na viagem da descoberta do Brasil.




O Ecomuseu do Zêzere com função didáctica e pedagógica e que tem como objectivo transportar os visitantes para as várias realidades do rio, desde a sua nascente até à foz.
Da apresentação de cada troço constam os elementos da fauna e flora que são mais característicos.



O Museu dos Descobrimentos é um projecto interactivo, de sensações e afectos que transporta o visitante para uma história de 500 anos de construção de um País e da Portugalidade. Ao longo da exposição aborda-se a história dos descobrimentos portugueses enquanto elemento unificador dos Novos Mundos, a viagem da descoberta do Brasil, o desenvolvimento e a construção de uma nação irmã, a Portugalidade e muito mais.



O Museu do Azeite está instalado no antigo lagar da vila e recuperado para funções museológicas.
Desenvolve-se em três pisos, contando no exterior com uma área de lazer, com a preservação de um olival.
O principal objectivo é dar a conhecer aos visitantes as técnicas de produção do azeite e a importância que teve para a economia local.





A Igreja de Santiago e o Panteão dos Cabrais, estão classificados como Monumento Nacional.
A Igreja de Santiago e o Panteão dos Cabrais de arquitectura religiosa com características românica, gótica e apontamentos maneiristas, foi construída no ano de 1240 e estão classificados como Monumento Nacional.
No seu interior podemos observar vestígios de pintura a fresco e um Pietã do século XIV. Esta imagem gótica de Nossa Senhora da Piedade é uma escultura talhada num bloco granítico.
Nesta capela estão depositadas as cinzas de Pedro Álvares Cabral e outros da sua família.






A Sinagoga “Beit Eliahu”, Filho de Elias,encontra-se localizada numa das ruas da antiga judiaria e foi inaugurada em 1996.


O Museu Judaico de Belmonte é um museu que retrata a longa história da comunidade judaica na região, que resistiu a longos anos e séculos de perseguição religiosa. É o primeiro museu deste género em Portugal, localizado no último reduto da comunidade criptojudaica aí instalada por volta do século XV.
O museu expõe mais de uma centena de peças religiosas, do dia-a-dia e de uso profissional utilizadas por famílias hebraicas.




Hannukah, também conhecido como o "Festival das Luzes" e "Festa da Dedicação"
Não se conhece muito acerca da primitiva presença judaica em Belmonte, no entanto o contributo deles para a história da Vila é indiscutível, pela presença ainda na actualidade de uma comunidade de judeus, mas também pelos inúmeros vestígios deixados por comunidades anteriores.
Podemos por isso ainda observar pequenas casas de granito, com pequenas aberturas e com cruzes nas ombreiras das portas, sinal de que essas habitações eram habitadas por judeus.




Estacionamento e pernoita na AS de Belmonte, coordenadas, N 40º 21’ 49’’  W 07º 20’ 27’’
Percorridos 38 Km