Espanha e França 2018
Dia 34 (04 de Junho de 2018)
(Sainte Mère
Église – Utah Beach – Pointe du Hoc – Colleville sur Mer – Omaha Beach – Port
en Bessin Huppain)
O “Parque Memorial La Fiére”,
“Parc Mémorial de La Fière”, encontra-se localizado a 3 Km a oeste de
Sainte-Mère-Église, na estrada D15, próximo das localidades de “La Fière” e “
Cauquigny”, separadas pelo rio “Merderet”.
Este parque encontra-se
localizado num dos principais campos de batalha ocorridos entre os dias 6 a 9
de Junho de 1944 e é dedicado às tropas aerotransportadas americanas que
perderam ali a vida.
Um dos locais estratégicos para os paraquedistas era precisamente a tomada da ponte sobre o rio “Merderet” para assim evitarem que reforços de tropas alemãs viessem atacar as tropas aliadas que desembarcassem na praia de “Utah Beach” e desse modo as tropas aliadas pudessem progredir no terreno em direcção ao interior.
Um dos locais estratégicos para os paraquedistas era precisamente a tomada da ponte sobre o rio “Merderet” para assim evitarem que reforços de tropas alemãs viessem atacar as tropas aliadas que desembarcassem na praia de “Utah Beach” e desse modo as tropas aliadas pudessem progredir no terreno em direcção ao interior.
Os ataques foram muito violentos,
com muitos mortos e feridos mas os soldados paraquedistas conseguiram repelir
todos os ataques das tropas alemãs e no dia 9 de Junho conseguiram conquistar a
localidade de “ Cauquigny”.
Este memorial é dominado por uma
estátua representando um soldado paraquedista americano “Iron Mike”, como uma
homenagem grata aos soldados americanos da “Airborne” no “Dia D”.
"Parque Memorial La Fière" em "Sainte-Mère-Église" na
Normandia, França
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Estátua "Iron Mike" no "Parque Memoorial La Fière"
em "Sainte-Mère-Église" na Normandia, França
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Estátua "Iron Mike" no "Parque Memorial La Fière"
em "Sainte-Mère-Église" na Normandia, França
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De um dos lados desta estátua
encontra-se um grande livro aberto com o seguinte texto em francês e inglês.
“Transmitir
a memória
Lembrar que hoje
Nós vivemos em paz
A liberdade, a dignidade
Porque os outros
Deram a sua vida por nós”.
Do outro lado da estátua
encontra-se uma mesa de orientação em bronze, com relevo que mostra as batalhas
travadas nessa área durante esses dias de Junho de 1944.
Podemos ainda ver várias placas
que evocam e comemoram os 505º e 508º Regimentos de Infantaria da
Paraquedistas, o 80º Batalhão Antiaéreo Aerotransportado e o 325º Regimento de
Infantaria de Planadores da 82ª Divisão Aerotransportada.
Todos os anos durante as
celebrações da “Batalha da Normandia” do dia 6 de Junho de 1944, são ali
efectuados vários lançamentos de soldados paraquedistas.
Em seguida fomos começar a nossa
visita a uma das praias de desembarque, “Utah Beach”.
A praia de “Utah Beach” em
“Sainte-Marie-du-Mont”, é o nome de uma das cinco praias de desembarque que as
tropas aliadas na Normandia no dia 6 de Junho de 1944 (Dia D), durante a
segunda guerra mundial.
A invasão da Normandia, com o
nome de código “Operação Overlord”, tinha como objectivo desembarcar soldados e
equipamentos na costa da Normandia, nas praias de “Utah”, “Omaha”, “Gold”,
“Juno” e “Sword”.
Com o nome de código
“Operação Neptuno” e muitas vezes referido como o “Dia D”, foi a maior invasão
por mar da história.
A praia de “Utah Beach”,
juntamente com a praia de “Sword” foram incluídas ao plano da invasão apenas em
Dezembro de 1943 o que atrasou todo o planeamento da operação em curso em mais
um mês de modo a que mais homens e equipamentos pudessem ser movimentados.
Os desembarques na praia de “Utah
Beach” foram feitos por tropas americanas e tinham como objectivo principal
assegurar uma zona de praia mais ao norte e isolar a entrada da “Península do
Cotentin”, evitando que os alemães reforçassem “Cherbourg”, permitindo assim às
tropas americanas rapidamente tomar os portos de “Cherbourg”.
O “Dia D” em
Utah começou às 01:30 horas, quando as primeiras unidades de tropas paraquedistas
(82ª e 101ª Divisões Aerotransportadas dos EUA) foram lançadas com o objetivo
principal de capturar a crucial encruzilhada de “Sainte-Mère-Église” e segurar
os flancos de desembarque atrás da praia para que a infantaria pudesse avançar
rapidamente após desembarcarem. Embora os paraquedistas tenham conquistado seus
objetivos com certa facilidade, muitas unidades aerotransportadas foram
lançadas longe de seus objetivos e nos lugares errados e não conseguiram se
mover para os pontos pré-determinados até o fim do primeiro dia. Na desembarque
em si, a infantaria e os tanques americanos vieram em quatro ondas a partir das
06:30 horas e tomaram a praia e as regiões vizinhas rapidamente, sofrendo
poucas baixas. Enquanto isso, os engenheiros começaram a limpar os obstáculos e
as minas na costa, pouco antes dos reforços serem desembarcados também. Ao fim
do primeiro dia de operações, as tropas aliadas haviam
capturado apenas metade da área que pretendiam, com várias tropas alemães ainda
segurando algumas boas posições defensivas, mas as cabeças de praia estavam
completamente seguras.
A 4ª Divisão de infantaria do
exército americano desembarcou 21.000 homens em Utah no primeiro dia e sofreram
197 baixas. Cerca de 14.000 soldados paraquedistas Aliados foram lançados e
foram eles que sofreram os combates mais intensos, sofrendo 2.500 baixas (entre
mortos, feridos ou desaparecidos). Cerca de 700 homens das unidades de
engenharia, de tanques e da marinha foram mortos ou feridos por fogo inimigo.
As baixas alemãs são desconhecidas, mas presume-se que tenham sido bem altas. A
importante cidade de “Cherbourg” foi tomada apenas em 30 de junho, após três
semanas de intensos combates. Esta batalha da tomada de “Cherbourg”, chamada de
“Bocage” foi muito sangrenta. Antes de recuarem os alemães danificaram todos os
portos na costa, atrasando o progresso Aliado. Os portos só voltaram a ficar
operacionais em Setembro.
*
Na praia de “Utah Beach”
encontram-se vários monumentos alusivos aos desembarques das tropas aliadas.
O restaurante ”Le Roosevelt” que apresenta alguns documentos e objectos expostos da época bem como réplicas de soldados em tamanho real e que se encontram a uma das mesas do restaurante.
A "Árvore da Liberdade" na praia de "Utah Beach", na Normandia, França |
O restaurante ”Le Roosevelt” que apresenta alguns documentos e objectos expostos da época bem como réplicas de soldados em tamanho real e que se encontram a uma das mesas do restaurante.
O monumento abaixo é dedicado à
marinha americana e ao papel que ela teve durante o desembarque. Este monumento
representa o símbolo de unidade de três soldados, no mesmo bloco:
De
pé o oficial aponta com o dedo a direcção a seguir e motiva os seus homens;
De joelhos, o
marinheiro acaba de completar a sua missão crucial de
desminagem de
obstáculos submersos;
Curvado, o
artilheiro naval com um “obus” na mão.
Esta magnifica escultura mostra
através da expressão dos soldados a sua determinação e coragem da sua
participação na libertação da Europa.
Na praia também se encontra o
“Museu Landing”, também conhecido como “Museu da Praia de Utah” localizado num
antigo bunker alemão e os visitantes poderão admirar um autêntico “Bombardier
B-26 e um tanque de guerra anfíbio restaurado bem como armas, uniformes e
outros objectos relacionados com a invasão.
Não efectuámos esta visita ao
museu.
Em seguida saímos com destino a
Pointe du Hoc e pelo caminho vimos o monumento dedicado “Frank Peregory”.
“Frank D. Peregory”, era um
sargento técnico do exército dos Estados Unidos que recebeu postumamente a
maior condecoração militar dos EUA por bravura em combate, a Medalha de Honra,
pelas suas acções durante a segunda guerra mundial.
Em 6 de Junho de 1944 no “Dia D”,
desembarque das tropas aliadas na Normandia, desembarcou na praia de “Omaha
Beach” a 116ª Divisão de Infantaria do exército dos EUA e do qual fazia parte o
sargente técnico “Frank Peregory”.
Dois dias depois, 8 de Junho de
1944, o 3º Batalhão da 116ª Divisão de Infantaria avançava sobre as defesas
alemãs em “Grandcamp-Maisy”, França, quando os elementos que iam à frente foram
repentinamente dizimados pelo intenso fogo de metralhadora de uma força inimiga
firmemente entrincheirada numa elevação com vista para a cidade.
Apesar de numerosas tentativas
com fogo de artilharia e de tanques, não foi possível neutralizar a posição do
inimigo.
O sargente técnico “Frank
Peregory”, por sua iniciativa, apesar do fogo intenso das metralhadoras da
força inimiga, subiu a colina e saltou para uma trincheira inimiga conseguindo
chegar junto de um pelotão de fuzileiros alemães. De imediato atacou-os com granadas
de mão e baioneta, matando 8 soldados e forçou outros 3 a renderem-se.
Continuando ao longo da trincheira, ele sozinho forçou a rendição de mais 32
fuzileiros, capturou as metralhadoras e abriu caminho para que os elementos do
seu batalhão avançassem e conseguissem o seu objectivo. A extraordinária
bravura deste acto permitiu-lhe a mais alta condecoração, a Medalha de Honra.
Em um incidente anterior o
sargente técnico “Frank Peregory”, também
recebeu a “Medalha do Soldado” por resgatar outro soldado do afogamento.
Continuámos a viagem até "Pointe-du-Hoc" onde chegámos por volta das 11,00 horas e no parque de estacionamento já
se encontravam bastantes autocaravanas e alguns veículos militares.
"Pointe-du-Hoc" é uma protuberância
rochosa à beira mar, na costa da Normandia, França, entre as localidades de
“Grandcamp-les-Bains” e “Vierville-sur-Mer”, com falésias de cerca de 30 metros
de altura.
Vista de "Pointe-du-Hoc" com as sua falésias, na Normandia,
França
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Vista de "Poite-du-Hoc" com as suas falésias, na Normandia,
França
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Vista de "Pointe-du-Hoc" com as suas falésias, na Normandia,
França
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A bateria alemã instalada em “Pointe-du-Hoc”
era uma posição de artilharia fortificada, constituída por seis “casamatas” de
betão armado, com peças de artilharia “Skoda” de 155mm e um “bunker” de
observação. Esta bateria estrategicamente posicionada visava defender as praias
que ficaram conhecidas como “Omaha” e “Utah”.
Devido a este motivo esta bateria
alemã foi considerada como um dos alvos mais importantes a ser destruídos pelas
tropas Aliadas para o “Dia D”.
Antes do desembarque a bateria de
“Pointe-du-Hoc” foi fortemente bombardeada pelas tropas aliadas mas mesmo assim
permaneceu activa.
"Crateras" abertas no terreno originadas pelos intensos bombardeamentos
efectuados pelas tropas Aliadas na noite anterior ao "Dia D", em
Pointe-du-Hoc, na Normandia, França
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A tarefa de silenciar e destruir a
bateria foi dada ao 2º Batalhão de Rangers, comandado pelo Tenente-Coronel
James Earl Rudder. Estes Rangers, durante o “Dia D” e depois de desembarcarem,
escalaram as falésias com mais de 30 metros de altura, utilizando equipamentos
de alpinismo, cordas e escadas.
Entretanto os canhões haviam sido
removidos para uma posição na rectaguarda, dois dias antes por ordem do
Marechal alemão “ Erwin Rommel”. As forças americanas, após tomarem a bateria
ali instalada, moveram-se mais para o interior e conseguiram destruir os
canhões que se encontravam prontos para serem usados, num pomar a cerca de 550
metros.
Dos 225 Rangers envolvidos neste
ataque em “Pointe-du-Hoc” apenas 90 soldados se encontravam em condições de
combater quando os reforços chegaram na manhã do dia 8 de Junho.
"casamata" da bateria alemã em "Pointe-du-Hoc", na Normandia,
França
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"casamata" da bateria alemã em "Pointe-du-Hoc", na Normandia,
França
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Monumento de homenagem ao 2º Batalhão de Rangers
do exército americano, em "Pointe-du-Hoc" na
Normandia, França
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Monumento de homenagem ao 2º Batalhão de Rangers do
exército americano, em "Pointe-du-Hoc", na Normandia, França
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Monumento de homenagem ao 2º Batalhão de Rangers do
exército americano, em Pointe-du-Hoc", na Normandia, França
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O céu continua a apresentar-se nublado, com vento e com alguns chuviscos à mistura.
O “Cemitério Americano
de Colleville-sur-Mer”, também chamado de “Cemitério e Memorial Americano da
Normandia”, é um cemitério e memorial da segunda guerra mundial, localizado na
vila de “Colleville-sur-Mer”, na Normandia em França e que homenageia as tropas
americanas que morreram na Europa durante a segunda guerra mundial.
O cemitério está
localizado numa encosta com vista para a praia de “Omaha Beach” que foi uma das
praias do desembarque do “Dia D”, durante a invasão da Normandia. Ocupa uma
superfície de 70 hectares com um comprimento de 1 Km e ali encontram-se 9.387
cruzes, ou estrelas para os combatentes judeus (estrela de David), tantas como
os restos mortais de militares americanos mortos, a maioria dos quais foram
mortos durante a invasão da Normandia e as operações militares que se seguiram
na segunda guerra mundial. Entre os mortos que ali descansam 307 são
desconhecidos.
Durante o desembarque
do “Dia D” e a batalha da Normandia existiram numerosas vítimas entre as tropas
aliadas e infelizmente nem todos os corpos dos soldados puderam ser
encontrados, pelo que, a lista desses soldados mortos é de 1.557.
“O Jardim dos
Desaparecidos” é delimitado por uma longa parede em arco composto por várias
placas de lajes de pedra, sobre as quais estão gravados os nomes dos 1.557
soldados desaparecidos e cujos corpos não puderam ser identificados ou
encontrados, assim como é o caso dos 800 soldados da 66ª Divisão de Infantaria
que morreram com um ataque de torpedo.
Seguindo a alameda
principal vamos até ao “Memorial” que é um monumento em forma de semicírculo no
meio do qual se encontra uma estátua com 7 metros de altura e que representa,
de maneira alegórica, “o espírito da juventude americana saindo das ondas”. Nas
paredes do “Memorial” encontram-se mapas das operações militares e que retratam
o desembarque na Normandia; as operações aéreas sobre a Normandia nos meses de
Março a Agosto de 1944; o “Dia D”, 6 de Junho de 1944 com os desembarques e
assaltos anfíbios e ainda as operações militares na Europa ocidental de 6 de
Junho de 1944 a 8 de Maio de 1945.
Numa parte central
existe uma pequena capela construída pelos EUA como uma lembrança de
agradecimento aos soldados americanos que morreram durante os desembarques da
Normandia e durante a libertação do norte de França. O altar é encimado por um
vitral decorado com estrelas simbolizando os estados que compõem os Estados
Unidos, e ao centro encontra-se uma estrela de David.
Também podemos ver num
local estratégico com vista para a praia de “Omaha Beach”, uma “mesa de
orientação” que retrata os desembarques na Normandia.
Como todos os outros
cemitérios americanos existentes na França, para a primeira e segunda guerras
mundiais, a França concedeu aos EUA uma concessão perpétua e especial à terra
ocupada pelo cemitério, livre de qualquer encargo ou imposto para desse modo
honrar as forças. Este cemitério é administrado pela “American Battle Monuments
Commission”, que é uma agência independente do governo federal dos EUA, sob
atos do Congresso que fornecem apoio financeiro para mantê-los, com a maioria
do pessoal militar e civil empregado no exterior.
O tempo mais uma vez esteve
sempre nublado, com alguma chuva e bastante vento.
Vista do "Cemitério e Memorial Americano da Normandia" em "Colleville-sur-Mer", França |
"Cemitério e Memorial Americano da Normandia" e ao fundo a capela, em "Colleville-sur-Mer", França |
"Cemitério e Memorial Americano da Normandia" em "Colleville-sur-Mer", França |
"Cemitério e Memorial Americano da Normandia" em "Colleville-sur-Mer", França |
"Cemitério e Memorial Americano da Normandia" em "Colleville-sur-Mer", França |
"Cemitério e Memorial Americano da Normandia" em "Colleville-sur-Mer", França |
"Cemitério e Memorial Americano da Normandia" em Colleville-sur-Mer", França |
"Cemitério e Memorial Americano da Normandia" e ao fundo a capela, em "Colleville-sur-Mer", França |
Após esta visita saímos com
destino à praia de “Omaha Beach” e pelo caminho vimos algum material de guerra
que foi usado durante a segunda guerra mundial.
Prosseguimos a viagem até à praia de “Omaha Beach”.
Prosseguimos a viagem até à praia de “Omaha Beach”.
"Omaha" era a praia mais fortemente
defendida pelas tropas alemãs e o desembarque foi atribuído às tropas
americanas, à 1ª Divisão de Infantaria em conjunto com as tropas da 29ª Divisão
de Infantaria.
A forte resistência das defesas alemãs
na praia de "Omaha" e a costa estava minada e coberta de obstáculos, tais como
estacas de madeira e de metal, tripés, arame farpado, aliada às péssimas
condições meteorológicas, ao estado do mar e à força das correntes marítimas as
embarcações de desembarque desviaram-se mais para leste da posição que havia
sido planeada e não conseguiram atingir a praia.
Os soldados tiveram de saltar
para a água e caminhar em direcção da praia, cerca de 50 a 100 metros, muitas
vezes com água até ao pescoço e sob um intenso fogo pesado de metralhadoras e
morteiros das defesas alemãs. Com receio de atingir
as lanchas de desembarque, muitos bombardeiros norte-americanos adiaram o
lançamento das bombas e, como resultado, muitos obstáculos da praia de "Omaha" mantiveram-se intactos quando os homens desembarcaram. Apesar das péssimas
condições do mar, os tanques de duas companhias do 741º Batalhão de Tanques,
desembarcaram mas, muito longe da costa, contudo, 27 dos 32 tanques afundaram-se.
Alguns tanques, apesar de avariados na praia, continuaram a efectuar fogo de
cobertura até ficarem sem munições ou ficarem submersos com a subida da maré. Os
problemas causados pela falta de limpeza dos obstáculos na praia levou a uma
paragem dos desembarques às 08:30. Um grupo de contratorpedeiros chegou por
volta desta hora para apoiar os desembarques através dos seus bombardeamentos. Sair da praia só era possível através
de cinco ravinas fortemente defendidas, e, no final da manhã, apenas cerca de
600 homens conseguiu progredir. Ao meio-dia, quando o fogo da artilharia Aliada
começou a controlar a situação e aos alemães começaram a ficar sem munições, as
tropas norte-americanos conseguiram abrir alguns caminhos para sair da praia.
Também começaram a limpar as ravinas das defesas inimigas de modo que os
veículos pudessem seguir caminho. A
pequena posição de controlo estabelecida na praia foi expandida nos dias
seguintes, sendo os objectivos do Dia D para a praia Omaha atingidos apenas
passados 3 dias.
As baixas das tropas
americanas no desembarque na praia de "Omaha" foram muito grandes, mais do que em
todas as outras praias de desembarque juntas.
Estima-se que nesse dia
as baixas das tropas americanas no desembarque na praia de "Omaha", seja de perto
de 3.000 soldados.
Devido ao elevado
número de baixas a praia de “Omaha Beach” ficou também conhecida como “Bloody
Omaha”, “Omaha Sangrenta”.
Hoje a praia de “Omaha
Beach” apresenta um extenso areal com poucas marcas do desembarque.
O monumento / escultura
localizado na praia de Omaha, “Les Braves”, “Os Bravos”, e está localizado no
meio da praia de Omaha.
A placa com a
explicação do monumento / escultura encontra-se no passeio da avenida da praia.
A placa apresenta uma
mensagem do criador do monumento:
“Eu
criei isso para honrar a coragem dessas pessoas:
Filhos, maridos e pais, que arriscaram suas vidas e muitas
vezes sacrificaram suas vidas com a esperança de
libertar os franceses”.
O Monumento “Les
Braves”, “Os Bravos”, consiste em três elementos:
As asas da esperança
De modo que a força que
esses homens usaram em 6 de junho de 1944 continuará a inspirar e nos lembrar
que é sempre possível mudar o futuro juntos.
Levante-se,
liberdade!
De modo que o exemplo
daqueles que se rebelaram contra a barbárie nos ajudará a permanecer firmes
contra todas as formas de desumanidade.
As asas da
fraternidade
De modo que esta onda
de fraternidade sempre nos lembra de nossa responsabilidade para com os outros
e com nós mesmos.
Em 6 de junho de 1944,
esses homens eram mais do que soldados, eles eram nossos irmãos.
Monumento "Les Braves" na praia de "Omaha Beach", na
Normandia, França
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Continuámos a nossa viagem até Port-en-Bassin-Huppain onde chegámos por volta das 15 horas. Ali fomos para a AS do parque do supermercado “Super U” onde já se encontravam mais 3 autocaravanas estacionadas.
Port-en-Bessin-Huppain é uma vila
do departamento de Calvados na região administrativa da Normandia, França.
Port-en-Bessin-Huppain
encontra-se localizada entre o mar e o campo, no coração das praias de
desembarque da Normandia, entre as zonas de desembarque americanas, praia de
“Omaha Beach” e britânicas, praia de “Gold Beach”.
Port-en-Bessin-Huppain foi o
ponto de encontro entre as forças americanas e britânicas no dia 7 de junho de
1944. O 16º Regimento de Infantaria americano desembarcou no Sector Easy Red na
praia de “Omaha Beach” e lutou ao longo das cidades costeiras para se unir ao
47º Comandos da Marinha Real, que lutaram ao longo do caminho da praia de “Gold
Beach” até chegarem a Port-en-Bessin.
Os marines reais travaram uma
batalha difícil para tomar a vila e suas fortificações orientais e ocidentais.
Os fuzileiros navais reais finalmente tomaram a vila depois de lutar de casa em
casa e derrubar as defesas do porto, que incluíam um barco antiaéreo da marinha
alemã. O 16º Regimento de Infantaria tomou a parte da cidade chamada Huppain e
libertou a área agora ocupada pelo Omaha Beach Golf Club.
Toda esta zona da Normandia foi
muito fustigada durante a segunda guerra mundial.
Depois de instalados fomos até à
vila e ao Posto de Turismo onde nos forneceram dados turísticos e mapas.
Seguimos algumas das indicações
dadas e percorremos a vila a pé. O mar estava com grandes ondulações e o tempo
continuava com muito vento e bastante frio.
Porto de "Port-en-Bessin-Huppain" na Normandia, França |
Porto de "Port-en-Bessin-Huppain" na Normandia, França |
Monumento aos que morreram no mar, erigido no cais do porto
em "Port-en-Bessin-Huppain" na Normandia, França
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A pesca é a principal actividade
e fonte de rendimentos da vila de “Port-en-Bessin-Huppain”, sendo considerado o
principal porto de pesca artesanal na Baixa Normandia. As principais espécies
pescadas são: a vieira, cação, beicinho, choco, sargo, robalo, bacalhau e
linguado ou patim. A pesca artesanal é efectuada com arrastões que não excedem
os 25 metros de comprimento.
A igreja de Santo André, “Église Saint-André”, com alguns elementos de estilo néo-romano, foi construída entre 1880 e 1898, pelo arquitecto Moutier, para substituir um antigo santuário do século XII.
A igreja de Santo André, “Église Saint-André”, com alguns elementos de estilo néo-romano, foi construída entre 1880 e 1898, pelo arquitecto Moutier, para substituir um antigo santuário do século XII.
O interior da igreja está repleto
de votos de ex-marinheiros (barcos) e, na capela batismal, conservam-se alguns
elementos da mobília da velha igreja, como uma marquise romana, três estátuas
do século XIV e um tabernáculo do século XVII
A igreja encontra-se localizada
junto ao porto de pesca e recebe regularmente eventos culturais e religiosos.
A igreja de Santo André, “Église
Saint-André”, encontra-se listada como Monumento Histórico.
Igreja de Santo André, em "Port-en-Bessin-Huppain" na
Normandia, França
|
Igreja de Santo André, em "Port-en-Bessin-Huppain" na
Normandia, França
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Nave e altar da Igreja de Santo André, em "Port-en-Bessin-Huppain"
na Normandia, França
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Altar da Igreja de Santo André, em "Port-en-Bessin-Huppain"
na Normandia, França
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Igreja de Santo André, em "Port-en-Bessin-Huppain" na
Normandia, França
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Vitral na Igreja de Santo André, em "Port-en-Bessin-Huppain"
na Normandia França
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Quadro com imagem de "Cristo" na Igreja de Santo André, em
"Port-en-Bessin-Huppain" na Normandia, França
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Continuámos a visita até à torre
de “Vauban” construída em 1694 e que tinha como finalidade de monitorar os
corsários e prevenir possíveis invasões inglesas. Esta torre serviu também como
depósito de munições.
A torre de “Vauban” encontra-se
listada como Monumento Histórico.
"Torre de Vauban" em "Port-en-Bessin-Huppain", na Normandia,
França
|
"Torre de "Vauban" em "Port-en-Bessin-Huppain", na Normandia,
França
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À noite depois de termos lido alguma
informação que nos haviam fornecido nos Postos de Turismo chegámos à conclusão
de que seria preferível fazer uma visita ao “Overlord Museum” em “Colleville-sur-Mer”,
pelo que amanhã voltaremos atrás para fazer essa visita. Esta visita não estava
inicialmente programada mas sim uma outra visita a um outro museu.
Estacionamento e pernoita na AS do parque do supermercado
Super U, (coordenadas N 49º 20’33” W 0º
45’ 08”)
Percurso de Sainte-Mère-Église a Utah Beach, 23 Kms
Percurso de Utah Beach a Pointe-du-Hoc, 44 Kms
Percurso de Pointe-du-Hoc a Colleville-sur-Mer, 19 Kms
Percurso de
Colleville-sur-Mer a Omaha Beach, e a Port-en-Bessin-Huppain, 10 Kms
Percorridos no dia, 96 Kms
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