Espanha e França 2018
Dia 27 (28 de Maio de 2018)
(Paimpol –
Châtelaudren – Moncontour – Jugon Les Lacs – Saint Suliac)
A noite foi muito barulhenta
relativamente a carros ligeiros e de madrugada foram os veículos de limpeza e recolha de lixos.
Existe outro parque de estacionamento mesmo ao lado mas já ficam mais distantes
os pontos de recolha de lixos pelo que não deve ser tão perturbador como neste
parque.
De manhã fomos colocar roupa a
lavar nas máquinas automáticas que ficam mesmo em frente ao parque de
estacionamento e no espaço do "Intermaché" e entretanto tomamos o pequeno-almoço.
Com tudo pronto deslocámo-nos ao
Carrefour e ao Leclerc para ver se conseguia trocar a botija de gás portuguesa
por outra francesa mas não tivemos sorte pois recusaram fazer a troca.
Temos de pensar em adquirir uma
botija de gás pois a que temos em funcionamento deve estar a ficar sem gás.
Em seguida deslocámo-nos até
Châtelaudren onde chegámos por volta das 9,30 horas.
Châtelaudren é uma vila
localizada no departamento de “Côtes-d’Armor” na região da Bretanha. O nome
deste departamento “Côtes-d’Armor” provém do bretão “Armor” que designa o
litoral. Antes, chamava-se “Côtes-du-Nord”.
No cruzamento de rotas de
comunicação essenciais na Bretanha, Châtelaudren sempre foi um lugar
estratégico, um lugar privilegiado ao longo das margens do rio “Left” e com uma
intensa actividade comercial e artesanal.
O lago existente também foi
responsável por fazer de Châtelaudren a segunda capital da indústria da moda
francesa de 1920 a 1983. A revista “ Du Petit Echo de la Mode” instalou as suas
obras de impressão, para aproveitar a energia hidroeléctrica do rio. No seu auge,
trabalhavam ali nas várias publicações cerca de 250 pessoas. Padrões de vestidos
impressos em folhas grandes de papel também foram impressos ali. Este exemplo
de arquitectura industrial é agora um tesouro do património do século XX. O
metal trabalhado, as máquinas de ferro fundido e a alvenaria criam um cenário
impressionante para o que se tornou um centro de arte e turismo.
Châtelaudren
encontra-se classificada na listagem das aldeias de carácter de França.
Esta listagem
das aldeias de carácter de França tem como objectivo tentar valorizar a
autenticidade e a diversidade do património de cidades pequenas, menos de 6000
habitantes, dotadas de um conjunto arquitetónico coerente e de qualidade.
Depois de termos estacionado num
parque próximo dos serviços paroquiais, fomos ao Posto de Turismo solicitar
informações turísticas e mapas. No Posto de Turismo depois de algumas
informações foi-nos aconselhado visitar a Capela de “Notre-Dame-du Tertre” que
é a verdadeiramente a “jóia” desta vila. Essa visita à capela tem visitas
guiadas nos meses de Julho e Agosto. Fora do período de verão, as visitas são
gratuitas e apenas temos de solicitar a chave da capela, na Câmara Municipal ou
no Posto de Turismo. Essa chave é entregue para se efectuar a visita contra a
apresentação de documento de identidade ou outro documento.
Foi-nos feita uma descrição
pormenorizada da capela e após foi-nos entregue a respectiva chave para assim efectuar-mos
a visita. A capela fica bastante próxima do Posto de Turismo, cerca de 5
minutos a pé.
A capela de “Notre-Dame-du
Tertre”, também conhecida como a “Capela Vermelha” devido à cor dominante do
teto, do coro e da capela sul, consistindo de painéis pintados, provavelmente
por artistas de uma oficina itinerante.
Este incrível afresco composto
por 138 pinturas, evocam cenas da Bíblia, o Velho e o Novo Testamento e as
vidas de Santa Margarida, São Fiacre e Santa Maria Madalena.
A capela, cujas partes mais
antigas datam do século XIV, foi remodelada e ampliada algumas vezes, durante o
século XV.
A capela de “Notre-Dame-du
Tertre”, encontra-se classificada como Monumento Histórico.
Capela de "Notre-Dame-du-Tertre" de Châtelaudren |
Capela de "Notre-Dame-du-Tertre" de Châtelaudren |
Nave e altar da capela de "Notre-Dame-du-Tertre"
de Châtelaudren
|
Retábulo do Rosário (data de 1673) e os painéis pintados
da capela de "Notre-Dame-du-Tertre de Châtelaudren
|
Painéis pintados da capela de "Notre-Dame-du-Tertre de Châtelaudren |
Nave com os painéis pintados e os pormenores dos dragões nas
traves da capela de "Notre-Dame-du-Tertre de Châtelaudren
|
Nave (com os painéis pintados) e o altar da capela
"Notre-Dame-du-Tertre" de Châtelaudren
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Pormenores das figuras esculpidas nas madeiras do teto da
capela de "Notre-Dame-du-Tertre" de Châtelaudren
|
Figuras esculpidas nas madeiras do teto da capela de
"Notre-Dame-du-Tertre" de Châtelaudren
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Dragões e outras figuras esculpidas nas madeiras do teto da capela
de "Notre-Dame-du-Tertre" de Châtelaudren
|
Dragões e outras figuras esculpidas nas madeiras do teto da capela
de "Notre-Dame-du-Tertre" de Châtelaudren
|
Figuras esculpidas nas madeiras do teto da capela de
"Notre-Dame-du-Tertre" de Châtelaudren
|
Figuras esculpidas nas madeiras do teto da capela de
"Notre-Dame-du-Tertre" de Châtelaudren
|
Figuras esculpidas nas traves de madeira do teto da capela de
"Notre-Dame-du-Tertre" de Châtelaudren
|
Após esta visita retornamos a
chave no Posto de Turismo e prosseguimos a nossa visita
Na praça em frente à Igreja de
Saint Magloire, havia uma feira com produtos hortícolas e frutas.
A antiga Igreja de Saint Magloire
foi demolida em 1710 e a construção da actual Igreja iniciou-se em 1711.
É um edifício maciço e simples, o
foi concebido para ocupar o melhor espaço apertado e disponível junto do espaço
habitacional do bairro “Latino” “Quartier Latin”.
Na fachada da igreja encontra-se
a seguinte inscrição “AEDIFICAVI DOMUM NOMINI DNI DEI ISRAEL” (eles construíram
a casa para o nome do nosso Senhor, o Deus de Israel).
Interiormente a igreja é bastante
rica incluindo retábulos e estátuas antigas do século VXIII de Yves Corlay, que
é um arquiteto e escultor de grande renome.
Fachada da Igreja de "Saint Magloire" de Châtelaudren |
Fachada da Igreja de "Saint Magloire" de Châtelaudren |
Nave e altar da Igreja de "Saint Magloire"de Châtelaudren |
Altar da Igreja de "Saint Magloire" de Châtelaudren |
Vitral na Igreja de "Saint Magloire" de Châtelaudren |
O Bairro “Latino”, “ Le Quartier
Latin” antigo bairro popular em torno da Igreja Saint Maloire ilustra a
organização arquitectónica da vila, com suas ruas estreitas, praças e casas com
telhados inclinados e curvos.
Dada por finda esta visita
partimos para Moncontour tendo chegado por volta das 11,00 horas.
Moncontour , ou Monkontour em
Bretão, situa-se no extremo oeste de França, no departamento de “Côtes d’Armor”
na Bretanha.
A vila medieval de Moncontour,
empoleirada no topo de uma colina, era uma vila fortificada e uma importante
praça militar e ainda está cercada pelas imponentes muralhas dos séculos XIII e
XIV.
Moncontour tinha a sua indústria
na produção de berlingue (linho de lona e cânhamo) que exportava para a Espanha
e as Índias, via portos de Saint Malo e Lorient.
Moncontour encontra-se
classificada entre as aldeias mais belas de França e também se encontra
classificada na listagem das aldeias de carácter de França.
Esta listagem das
aldeias de carácter de França tem como objectivo tentar valorizar a
autenticidade e a diversidade do património de cidades pequenas, menos de 6000
habitantes, dotadas de um conjunto arquitetónico coerente e de qualidade.
Estacionámos a autocaravana num lugar
disponível à beira da estrada nacional e após o almoço saímos em direcção ao
centro da vila, mais precisamente até à Praça Penthièvre. Esta praça apresenta
vários edifícios, casas e hotéis privados dos séculos XVI e XVII, como a igreja
de Saint-Mathurin e o Hotel de Kerjegu,
que é a actual Câmara Municipal “Hotel de Ville” que são um reflexo do período florescente da produção do
“Berlingue (linho e lona e cânhamo).
A Igreja de “Saint-Mathurin”, de estilo barroco do século XVI com um interior muito rico (seis janelas do século XVI também classificadas como Monumento Histórico e os diversos vitrais em que alguns retratam a infância de Cristo, e outros as vidas de alguns santos (Saint-Mathurin, Santa Bárbara, São João Batista) bem como a árvore de Jesse.
Câmara Municipal "Hôtel de Ville" de Moncontour |
A Igreja de “Saint-Mathurin”, de estilo barroco do século XVI com um interior muito rico (seis janelas do século XVI também classificadas como Monumento Histórico e os diversos vitrais em que alguns retratam a infância de Cristo, e outros as vidas de alguns santos (Saint-Mathurin, Santa Bárbara, São João Batista) bem como a árvore de Jesse.
O campanário da igreja
encontra-se revestido com ardósia e encimado por uma cúpula.
A Igreja de “Saint-Mathurin”,
encontra-se classificada como Monumento Histórico.
Fachada da Igreja de "Saint-Mathurin" de Moncontour |
Campanário da Igreja de "Saint-Mathurin"
de Moncontour
|
Nave e altar da Igreja de "Saint-Mathurin" de Moncontour |
Altar da Igreja de "Saint-Mathurin" de Moncontour
|
Pia na Igreja de "Saint-Mathurin" de Moncontour |
Imagem de Santo António na Igreja de "Saint-Mathurin"
de Moncontour
|
Vitral na Igreja de "Saint-Mathurin" de Moncontour |
Encontramos casas tipo enxaimel e muitas das casas são construídas em granito e com características interessantes, pois apresentam nas suas paredes, tabuletas / sinais publicitários indicando o uso desse prédio, como exemplo, escola, creperie, banco, padaria, entre outros).
Tabuleta / placar publicitário indicando "Escola" |
Tabuleta / placar publicitário indicando "Creperie" |
Tabuleta / placar publicitário indicando "Padaria" |
Tabuleta / placar publicitário indicando "Atelier municipal de obras" |
Tabuleta / placar publicitário indicando "loja de roupas"
|
Tabuleta / placar publicitário indicando "Serviços Bancários" |
Tabuleta / placar indicando "Bar" |
Muitas das casas apresentam clarabóias
notáveis, esculpidas em pedra e portas
frontadas esculpidas, varandas em ferro e muitas floreiras diversas. Muitas
dessas casas são dos séculos XVII e XVIII.
Actualmente Moncontour é uma vila
fortemente estimulada pelo turismo e em que apresenta uma vertente de turismo
cultural muito rica e interessante (festival medieval e festival de arte de rua)
e os seus museus, “Maison de la Chouannerie et de la Révolution” e o Teatro do
Traje “Théâtre du Costume”.
A “Maison de la Chouannerie et de
la Révolution”, Casa da Chouannerie e da Revolução que se encontra a funcionar
no edifício do Posto de Turismo e em que nos mostra os tempos e eventos da
revolução francesa.
O “Théâtre du Costume”, o museu
do Teatro do Traje, essencialmente é um museu de fantasias em que podemos ver
chapéus, jóias e assessórios para cinema e teatro.
Foto tirada à saída da “Porte
D’en Bas em que vemos a parte baixa da vila de Moncontour.
Após esta visita em que não foi possível adquirir qualquer mapa turístico da vila uma vez que nessa hora da nossa visita o Posto de Turismo se encontrava fechado, saímos para Jugon-Les-Lacs, onde chegámos por volta das 15,00 horas.
Jugon-Les-Lacs, situa-se no
extremo oeste de França, no departamento de “Côtes d’Armor” na Bretanha.
Jugon-Les-Lacs encontra-se
localizada num pequeno vale, junto a dois rios, “Rosete” e “Arguenon” e com um
longo e belo lago com uma extensão de quatro quilómetros, sendo por isso esta
vila considerada um oásis no meio de um oceano de vegetação.
Jugon-Les-Lacs,
encontra-se classificada na listagem das aldeias floridas de França e ainda na listagem
das aldeias de carácter de França.
Esta listagem
das aldeias de carácter de França tem como objectivo tentar valorizar a
autenticidade e a diversidade do património de cidades pequenas, menos de 6000
habitantes, dotadas de um conjunto arquitetónico coerente e de qualidade.
Estacionámos numa rua à saída da
Vila e começámos a nossa visita pela igreja de Nossa Senhora e Santo Etienne,
“Église Notre-Dame et Saint-Etienne”, do século XII. Esta é a antiga igreja do
convento beneditino de Saint Etienne, construída pelos monges de “Marmoutier”,
ampliada durante o século XVI e reconstruída no século XIX.
Nesta igreja encontramos
influência normanda através da sua torre lateral e também na torre sineira.
No recinto da igreja encontra-se
um cemitério.
A igreja encontra-se classificada
como Monumento Histórico.
Jugon-Les-Lacs, com a sua herança
arquitectónica clássica dos séculos XVII e XVIII, suas casas de granito organizadas
em torno da praça “Place du Martray”, lembra orgulhosamente o passado da vila e
a prosperidade da época, um lugar fortificado pela água, em “Penthiève” durante
a época dos Duques da Bretanha.
O hotel particular, “Hotel Sevoy”, do século XIV, de estilo Luis
XIII.
Enquanto passeava-mos
descontraidamente pela vila de Jugon-Les-Lacs fomos tirando as fotos que
colocamos abaixo.
Actualmente Jugon-Les-Lacs é
considerada uma estância de férias na Bretanha, tendo um grande turismo
relacionado essencialmente com a água e com as caminhadas com circuitos de
diferentes níveis que cruzam o território bem como os passeios de lazer.
Após esta breve visita, já que a
vila é relativamente pequena, saímos com destino a Dinan.
No percurso passámos por Plélan
le Petit mas a AS de serviço estava avariada e com sinais de que a mesma deve
estar desactivada á bastante tempo. Esta área de serviço é do supermercado
Carrefour.
Continuámos a nossa viagem e
chegados a Dinan encontramos um trânsito infernal, com várias ruas cortadas ao
trânsito devido a obras e o estacionamento às autocaravanas está condicionado e
regulamentado e como tal apenas pode ser feito nos locais para isso indicados.
Os locais possíveis para
estacionar, encontravam-se fora de portas e muito longe pelo que, desanimados e
contrariados, pois esta era cidade muito referenciada para a nossa visita, mas,
optámos por retomar a viagem até Saint-Suliac onde chegámos por volta das 18,00
horas e já com alguma chuva
Durante a viagem começou a chover
e esta manteve-se ainda durante bastante tempo.
Estacionámos no parque de
estacionamento destinado às autocaravanas e que dista cerca de 200 metros ao
centro da Vila.
Saint-Suliac, encontra-se
localizada na “Costa Esmeralda”, na margem direita do estuário do rio “Rance”,
na região da Bretanha. É uma vila portuária de pescadores do estuário do rio “Rance”,
sendo uma das raras vilas / aldeias verdadeiramente marítimas desse estuário,
entre Saint-Malo e Dinan.
O nome desta vila,”Saint-Suliac”
tem origem no nome de um evangelizador eremita, do País de Gales, do século VI
que ali se instalou onde agora é a actual vila que tem o seu nome.
Após a chuva ter parado decidimos
iniciar a nossa visita a esta vila, tendo percorrido a rua principal em
direcção ao Posto de Turismo, o qual já se encontrava fechado.
As casas, muitas delas dos
séculos XIV e XV, são em granito e como curiosidade muitas delas são adornadas nas
fachadas com redes de pesca.
A igreja de Saint-Suliac, de estilo gótico, do século XII e XIV, é uma das igrejas mais antigas da Bretanha.
Posto de Turismo de Saint-Suliac |
Fachada da casa adornada com redes de pesca em Saint-Suliac |
Fachada da casa adornada com redes de pesca em Saint-Suliac |
Fachada da casa adornada com redes de pesca em Saint-Suliac |
Muro adornado com redes de pesca em Saint-Suliac |
A igreja de Saint-Suliac, de estilo gótico, do século XII e XIV, é uma das igrejas mais antigas da Bretanha.
Não foi possível efectuar a
visita à igreja já que a mesma se encontrava fechada.
Igreja de "Saint-Suliac" em Saint-Suliac |
Igreja de "Saint-Suliac" em Saint-Suliac |
Igreja de "Saint-Suliac" em Saint-Suliac |
No recinto da igreja encontra-se
um cemitério e na sua entrada existe um lindo portal em granito.
Estacionamento e pernoita no parque de estacionamento
destinado ás autocaravanas (coordenadas
N 48º 34’ 13” W -1º 57’ 59”)
Percurso de Paimpol a Châtelaudren, 35 Kms
Percurso de Châtelaudren a Moncontour, 46 Kms
Percurso de Châtelaudren a Jugon-Les-Lacs, 35 Kms
Percurso de Jugon-Les-Lacs a Saint-Suliac, 60 Kms
Percorridos no dia 176 Kms
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