sábado, 28 de maio de 2016

Rias Baixas, Espanha 
Parte I 
Dia 3 (28 de Maio de 2016)
(Vigo)
Durante a noite e madrugada choveu bastante e em determinadas alturas com alguma intensidade, mas a manhã apresenta-se nublada e apenas ocasionalmente com alguns chuviscos.
Vigo fica situada à beira da ria que leva o seu nome e é uma cidade estritamente vinculada ao mar, tendo um porto marítimo com importante actividade pesqueira e turística.
É uma cidade nova, que se desenvolveu nos últimos 150 anos até se tornar na mais populosa da Galiza com cerca de 300.000 habitantes.
É esta cidade que nos propomos visitar pelo que após o pequeno-almoço e aproveitando uma pausa dos "chuviscos"  partimos a pé até à Praça de Espanha onde pudemos admirar a escultura emblemática que se encontra sobre uma enorme fonte ao centro da praça. Esta impressionante escultura com os seus 18 metros de altura e cerca de 40 toneladas de peso, representa uma tropa de cinco cavalos que ascendem ao céu por uma cascata.
Este monumento é uma homenagem aos cavalos selvagens que habitavam o Monte de Castro mas que hoje apenas existem em algumas localidades no interior.


Continuámos em direcção ao Parque do Castro que é o maior parque da baixa da cidade e é verdadeiramente o seu pulmão, à semelhança do Parque Municipal Quiñones de Léon.
À entrada na fortaleza do Monte do Castro encontra-se uma escultura de pedra que simboliza uma mulher pensando.





Entrando na Fortaleza e no cume do monte existem umas muralhas com um jardim salpicado de esculturas. Este jardim encontra-se rodeado pelos restos das muralhas do Castro e no centro tem um lago contendo uma escultura conhecida como "Monumento a Vigo". Esse monumento apresenta um barco com três atletas segurando ao alto o escudo da cidade, representando o progresso que se fará sentir com a união do povo de Vigo.




Caminhando no jardim em direcção a um dos mirantes podemos ainda observar o monumento dedicado aos "Canteiros" da Galiza. Este monumento de metro e meio de altura representa e resume a vida dos canteiros que se dedicaram a esse oficio.




Percorrendo o jardim temos alguns mirantes dos quais podemos apreciar as  vistas impressionantes de toda a cidade de Vigo, da sua ria, das Ilhas Cies, Moana e Cangas e as bateas ou mexilhoeiras que se destinam ao cultivo de bivalves próprios da ria e que se encontram dispostas ordenadamente ao longo da costa. As bateas ou mexilhoeiras são grandes plataformas de madeiras nas quais se penduram amarras onde se criam um dos maiores tesouros de Vigo, as ostras e os mexilhões.





Continuando o percurso em direcção ao centro histórico depara-mo-nos com um novo miradouro, onde se situa o "Monumento aos Galeões de Rande". O monumento é constituído por três âncoras e cinco canhões que foram recuperados do fundo da ria de navios que foram afundados durante a batalha de Rande, que em 1702 afundou grande parte da frota espanhola que chegava da América carregada de ouro e prata.



Podemos ainda  observar num lago uma escultura dedicada à "Peixeira".


Um pouco mais abaixo encontramos o "Castro de Vigo, em que podemos observar os vestígios arqueológicos dos primeiros habitantes de Vigo com as casas circulares e as suas cabanas. Este povoado é do século II a.C.. Não foi possível entrar para fazer a visita já que hoje se encontrava encerrado.




Continuámos o nosso percurso em direcção ao centro histórico através da Rua do Príncipe, rua pedonal e que é a zona de compras mais popular de Vigo. Por fim avistámos a famosa "Porta do Sol". Chama-se porta, ainda que já não exista porta alguma, pois era uma das sete entradas da antiga vila amuralhada. A Porta do Sol é a artéria que divide o casco velho baixo e o casco velho alto. Após passarmos a Porta do Sol depara-mo-nos com a escultura "O Sireno". Esta escultura é o monumento de Vigo por excelência e representa uma personagem imaginária, um híbrido de peixe, as escamas e homem, as pernas e cabeça.



Percorrendo esta zona da baixa da cidade e cruzando a rua encontramos a "Praça da Princesa", onde antigamente se celebrava o mercado de peixe e que chegou a ser a praça mais importante de Vigo. Nesta praça encontra-se a emblemática fonte de "Angelote" que simboliza a reconquista de Vigo quando em 1809 expulsaram as tropas napoleónicas, convertendo-se na primeira cidade espanhola a sublevar-se contra o invasor.


Continuámos o nosso percurso passando pela Igreja de Santa Maria e descemos até ao "Mercado da Pedra". Este mercado está localizado em plena zona portuária, junto ao porto e é um dos grandes pontos turísticos da cidade. É um mercado tradicional remodelado para acolher uma variada oferta comercial.Uma das maiores características deste mercado é o seu ambiente barulhento contrastando com as ruas completamente cheias de turistas de todos os cantos do mundo.
Após termos percorrido este mercado entrámos na Rua das Ostras que se encontrava completamente apinhada de turistas. Esta típica rua de Vigo com imensos bares onde podemos saborear as ostras ou outros mariscos acompanhadas de um bom vinho alvarinho.
Foi precisamente num desses bares que aproveitámos para degustar alguns desses mariscos.



Após o almoço descemos até à zona portuária e entrámos no Posto de Turismo que nos facultou mais algumas informações turísticas e alguns mapas.
Ao lado junto da estação portuária podemos admirar uma das mais emblemáticas esculturas de Vigo, "Banhistas no Areal" ou "O Nadador", como é conhecida pelos habitantes de Vigo. Esta escultura simboliza uma homenagem ao esforço dos banhistas. É uma das duas peças de um conjunto escultório de bronze. Esta escultura representa o banhista já na água, com o esforço patente no seu rosto.


Nesta altura optámos por não fazer a visita às Ilhas Cíes e deixar essa visita para outra altura em que o tempo esteja mais agradável.
Em seguida iniciámos o percurso de regresso a caminho da autocaravana tendo percorrido novamente a Rua do Príncipe, e aproveitado para entrar em algumas das casas comerciais. Nesta altura a ameaça da chuva voltou e começaram a cair alguns "chuviscos", mas que felizmente foram apenas por breves momentos.
Continuando o percurso entrámos na Avenida Gran Vía e aí depará-mo-nos com o "Monumento ao Trabalho" ou mais concretamente a escultura de "Os Redeiros" como é vulgarmente conhecida. Este monumento, considerado o grande monumento de Vigo, fala do seu orgulho enquanto cidade industrial, da sua gente trabalhadora e do seu vínculo com o mar.
Este monumento presta homenagem às vidas duras dos trabalhadores do mar e apresenta sete marinheiros que usam uma rede para pescar os peixes do mar, notando-se e estando bem presente o esforço e a tensão dos músculos dos pescadores. Esta escultura tem 8,50 metros de altura e 3 metros de comprimento.


Ali ao lado encontra-se o CC El Corte Inglês e aproveitámos para o visitar.
Continuando o nosso percurso e chegados ao estacionamento saímos com a autocaravana em direcção ao à praia de Samil, mais concretamente para o "Camping Playa Samil".
Depois de preenchermos a documentação na recepção instalá-mo-nos no alvéolo respectivo e em seguida aproveitámos para dar uma vista de olhos na praia. A zona da praia estava completamente deserta, possivelmente devido ao tempo instável que se fazia sentir, pois por vezes voltavam a aparecer alguns chuviscos.


Após o jantar aproveitei para ver a Final da Liga dos Campeões no restaurante bar do camping.
Pernoita no "Camping Playa Samil", N 42º 12, 22'''  W -08º 46'37''
Percorridos 7 Kms




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