Festa da Cereja em Alcongosta, Fundão 2015
Dia 1 (12 de Junho de 2015)
(Vila Nova de Gaia – Fundão – Alpedrinha -
Alcongosta)
Saímos por volta das 8,30 horas tendo como destino à aldeia de Alcongosta, mas prevista a primeira paragem na AS de Oliveira de Azeméis
para abastecimento de água. Ali chegados deparámo-nos com uma contrariedade já
que não trazíamos um bocal ideal para a torneira o que nos impossibilitou o
abastecimento da água.
Continuámos a viagem e na passagem por Albergaria-A-Velha
abastecemos de gasóleo nas bombas da Repsol a 1,239 € por litro.
Continuando o nosso percurso voltámos a parar à entrada de
Unhais da Serra para efectuar-mos o almoço a bordo da autocaravana e após
retomámos a viagem até Alpedrinha com uma paragem no Hospital do Fundão para
tratar de um problema surgido durante a viagem.
Após uns exames de Rx que a minha mulher efectuou,
verificou-se que estava tudo bem, necessitando apenas de uma medicação. O susto
passou e vamos continuar a viagem com alguma limitação, precaução e claro
algumas dores.
Em Alpedrinha estacionámos no Largo da Capela de Santo
António e começámos a nossa visita a esta vila que fica situada na encosta sul da
Serra da Gardunha.
A Vila apresenta as suas casas típicas recuperadas, com as
suas ruas sinuosas e com um grande património histórico, arquitectónico e
social.
Iniciámos a visita pelo Pelourinho que é
constituído por uma coluna de fuste octogonal de faces lisas a qual está
assente numa plataforma de três degraus e capitel jónico.
Continuámos até ao Palácio do Picadeiro, de estilo barroco e
que foi construído nos finais do século XVIII, tendo sido reabilitado e aberto
como espaço museológico e cultural em 2009. Não o pudemos visitar por já estar
fora do horário normal para as visitas.
Na fachada principal podemos ainda observar o brasão ali existente
(brasão dos Correia da Silva).
À frente existe um pátio quadrado, chamado de picadeiro,
apresentando ainda em cada canto do muro que delimita o pátio um obelisco com
cerca de 4 metros
de altura.
No muro do lado sul do picadeiro existem parapeitos com bancos laterais
de onde se pode desfrutar de magnificas paisagens.
Este muro que é bastante alto dá para o Chafariz Real também
conhecido por chafariz das Seis Bicas ou de D. João V.
Este chafariz construído possivelmente em 1714, todo ele em granito é
constituído por um baluarte com três faces, cada uma com sua bica, das quais
jorram água para um tanque comum. Por cima do baluarte está uma coroa que cobre
as armas reais.
O acesso a estas bicas é feito por duas entradas com escadas
de pedra que vão dar a um espaçoso átrio com bancos de ambos os lados. Ao fundo
das escadarias encontra-se um grande tanque que recebe a água do outro por três
bicas embutidas na parede. Este tanque é também chamado “tanque das bestas”
pois era aí que elas iam beber. A água deste tanque corre, por uma bica, para
um outro situado um pouco abaixo e que serve de lavadouro.
Uma das fontes mais antigas de Alpedrinha é a Fonte do Leão,
da qual não se sabe ao certo a sua data.
Esta fonte tem quatro degraus e no cimo deles um pequeno patamar. Até
1898 tinha um tanque quadrado que depois foi substituído por uma concha de
pedra. Tem uma escultura em relevo dum bicho qualquer com patas e rabo. Na boca
tem uma bica de latão que outrora foi de ferro.
Esta Vila muito mais tem a visitar desde a Igreja
Matriz, Igreja da Misericórdia e a calçada romana que ligaria Alpedrinha a
Alcongosta, entre outros.
Igreja Matriz de Alpedrinha |
Igreja da Misericórdia |
Calçada Romana que ligaria Alpedrinha a Alcongosta |
Após esta breve visita partimos para Alcongosta e
ali chegados estacionámos num dos vários parques de estacionamento improvisados
para receber os visitantes da festa da cereja.
Aqui a cereja é a rainha desta festa sendo a mesma servida
em vários formatos, licor de cereja, sangria de cereja, pão de cereja, pastéis
de nata de cereja, etc.
Alcongosta é uma típica aldeia serrana, bem no
coração da Serra da Gardunha e sendo mais conhecida como “a terra da cereja”.
Aqui também podemos admirar as suas ruas algo inclinadas e o
casario serrano.
Esta localidade também é muito conhecida devido à arte
cesteira pois aqui ao longo de gerações fazem-se cestos, sendo este trabalho
também uma parte estruturante do tecido económico, completando com naturalidade
o trabalho da produção da cereja, que é a sua principal produção e ocupação.
Esta festa prolongou-se pela noite dentro apesar de
se notar já algum frio.
Local de estacionamento em Alpedrinha, coordenadas, N 40º 05’ 47’’ W 07º 28’ 01’’
Estacionamento e pernoita em Alcongosta, coordenadas, N 40º 7.150’ W 07º 29.036’
Percorridos 295 Km
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